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22/09/2017     nenhum comentário

Terceirização na Educação: Colégio em Goiás fica sem aulas após suspensão das OSs na gestão

Organização social não tem qualificação técnica para atuar na área e Estado não exigiu documentação atestando idoneidade moral e profissional de seus dirigentes.

basileu-franca

Em decorrência de liminares que suspendem os contratos de gestão de Organizações Sociais para administrar escolas em Goiás, alunos tiveram aulas suspensa em algumas unidades de ensino.

A situação de uma delas – a Basileu França – foi noticiada pelo jornal O Popular. No total, o Governo de Marconi Perillo (PSDB) faz as contas de que devem ser afetados cerca de 30 mil alunos de unidades sob a gestão das OSs Centro de Gestão em Educação Continuada (Cegecon) e Fundação Antares de Ensino Superior, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (Faespe).

São unidades vinculadas ao Instituto Tecnológico do Estado (Itego) e também colégios tecnológicos.

A culpa pela atual situação é do governador, que insiste em implantar a qualquer custo a terceirização na educação pública. Ocorre que as entidades que estão assumindo as unidades não têm capacidade técnica ou experiência para as atividades previstas nos contratos, como demonstrou o Ministério Público, autor das ações.

O promotor de Justiça Fernando Krebs, autor das ações, ressalta que esta é uma prova cabal da incapacidade do secretário de estado, dos diretores do Basileu França e do Governo como um todo. “Eu rechaço qualquer responsabilização do MP por essas suspensões”.

Krebs argumenta que a situação evidencia que o modelo de gestão não permite, em caso de necessidade, a reassunção (retorno) dos serviços pelo Estado sem que haja interrupção dos serviços. “Qualquer parceria que o Estado faça tem de permitir a reassunção imediata dos serviços, especialmente na educação, porque se cuidam de serviços essenciais”.

Para o promotor, faltaram documentos que atestassem a idoneidade moral dos dirigentes da Cegecon, a OS que estava à frente da Escola Basileir França. Essas certidões, explica o promotor, são exigidas a candidatos em concursos públicos.

Conforme o Ministério Público de Goiás (MPGO), muitos dos componentes do instituto foram qualificados como professores, o que levaria a crer que têm capacidade profissional para atuar na gestão dos colégios do Estado. Entretanto, ao analisar seus currículos, verificou-se que dos 17 membros apenas 4 possuem formação na área da educação e destes e poucos possuem currículo vasto na área, enquanto os demais têm graduações em esferas que não guardam relação com a área de qualificação do instituto.

Leia no link abaixo a última decisão que suspendeu a terceira OS em Goiás, na área de ensino tecnológico:

Mais uma OS suspensa por decisão liminar em Goiás

Saiba mais sobre o esforço conjunto dos MPs em Goiás para barrar a ofensiva de precarização e terceirização dos serviços públicos no Estado:

Ação conjunta do MP-GO e MPC visa anular com OSs em escolas do Entorno do DF

 

 

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