TCE julga irregular prestação de contas da prefeitura e OS que administrou hospital em Campo Limpo Paulista
Segundo o Tribunal de Contas, houve falhas no controle de despesa e falta de apresentação de documentos originais. Assessoria da Pró-Saúde informou que vai recorrer da decisão.
Mais uma mancha no histórico da organização social (OS) Pró-Saúde.
Como já havia acontecido em várias cidades, inclusive em Cubatão (SP), o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo julgou irregular a prestação de contas do contrato de Hospital de Clínicas, firmado com a Prefeitura de Campo Limpo Paulista (SP).
A Pró-Saúde administrou o Hospital de Clínicas até 2016. A condenação tardia também se repetiu em Cubatão, onde a OS ficou por quase dez anos no Hospital Municipal e só cerca de três anos após ter saído, deixando o equipamento em frangalhos, é que o Tribuna reprovou as contas.
No caso de Campo Limpo Paulista, segundo os conselheiros, o prefeito José Roberto de Assis não acompanhou adequadamente a gestão da OS.
Os auditores e conselheiros da corte de contas apontaram falhas no controle de despesa e falta de apresentação de documentos originais. E não é só: a Pró-Saúde cobrava uma taxa de administração considerada irregular pelo Tribunal de Contas, por se tratar de uma maquiagem para esconder o real propósito desse desvio: garantir margem de lucro com dinheiro público.
Diante das irregularidades, o TCE determinou que a Organização Social devolva R$ 1,7 milhão. Já o prefeito José Roberto recebeu multa de R$ 4,2 mil.
O caso foi publicado no portal G1, para onde a assessoria da Pró-Saúde informou que vai recorrer da decisão. O ex-prefeito ignorou os pedidos de informações.
Veja abaixo alguns links que mostram os desfalques que a Pró-Saúde causou em Cubatão:
Pró-Saúde terá de devolver R$ 1,5 milhão à Prefeitura
Pró-Saúde é responsabilizada por desfalques aos cofres de Cubatão
Terceirização do Hospital de Cubatão pela Pró-Saúde é reprovada em definitivo