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04/05/2016     nenhum comentário

Sindicato dos médicos denuncia quarteirização e precarização em Guarulhos

Com “quarteirização” de profissionais, fornecidos por empresas subcontratadas pelas Organizações Sociais (OSs) ou pela modalidade Pessoa Jurídica (PJ), pacientes sofrem com a queda da qualidade no atendimento.

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O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) está denunciando na imprensa retrocessos nas mudanças de contratação de profissionais em Guarulhos.

Em comunicado oficial, a entidade alerta sobre a medida da Prefeitura de Guarulhos, que autorizou Organizações Sociais (OSs) a contratar médicos “prestadores de serviço” para aumentar a oferta de profissionais. Para o Simesp, a situação está causando problemas na assistência à saúde da população.

“Isso vem acontecendo desde 1° de abril nas unidades Maria Dirce, Paraíso e UPA São João, quando as condições de trabalho pioraram e muitos médicos se demitiram. A escala agora é preenchida por médicos ‘quarteirizados’, que em sua maioria recém-formados e sem experiência suficiente para atender casos de média complexidade”.

Fundação do ABC

Segundo o Simesp, as demissões ocorreram no início de abril após a transferência de gestão dessas unidades, que antes era feita pela Santa Casa e passou a ser realizada pela Fundação do ABC. “Se a OS quarteiriza os profissionais, a prefeitura não é apenas conivente, mas responsável. A responsabilidade da saúde dos cidadãos é responsabilidade da prefeitura. E a quarteirização prejudica o trabalho dos médicos e expõe à população a riscos”, diz o presidente do Simesp, Eder Gatti.

Saiba mais sobre o péssimo currículo da Fundação do ABC

Insegurança e piora do atendimento

Para Gatti, a contratação de médicos sem vínculo empregatício não resolve o problema da saúde pública e da demanda dos hospitais. Ao contrário, enseja em uma série de problemas trabalhistas, já que causa uma relação de insegurança e instabilidade entre profissionais e OSs. “Isso contribui ainda mais para a precarização do trabalho e do atendimento da população, algo que é inaceitável”, afirma o médico e sindicalista.

Precariedade estrutural com nova OS

As unidades ainda sofrem com a precariedade estrutural. Além de aparelhos quebrados, como o caso da máquina de Raio-X, médicos enfrentam dificuldades ao solicitar exames laboratoriais.

Antes feitos na unidade, esses testes passaram a ser realizados em um local mais distante, após a mudança de organização social. A consequência disso é o atraso no atendimento, com alguns exames chegando a demorar mais de 24 horas para retornarem. “Temos uma combinação de péssimas condições de trabalho com piora de atendimento. A situação da saúde em Guarulhos está em decadência”, diz Gatti.

 

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