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25/08/2016     nenhum comentário

Santos prepara terreno para aumentar repasse à Fundação do ABC

Segundo o Município, a UPA precisa de mais equipes médicas e vai rever o contrato com a Organização Social para suprir a demanda. Na prática, isso significa mais dinheiro para a terceirização.

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Uma matéria com direito a manchete de capa no jornal local e pronto: está dada a justificativa para a Prefeitura rever o contrato de gestão com a Fundação do ABC e repassar mais verba pública para a empresa, responsável pela UPA Central.

Fosse a unidade administrada de forma direta, como era o PS Central na época em que atendia de portas abertas, a contratação de mais equipes e o investimento em recursos humanos próprios jamais seria uma hipótese a se considerar. Como o atendimento é terceirizado e a unidade está lotada todos os dias, basta aumentar o valor do contrato, que já consome quase R$ 20 milhões por ano.

Dinheiro que vai direto para o caixa da empresa de saúde que mais cresce no Estado. A Fundação do ABC é a instituição que detém os maiores contratos hospitalares da Baixada Santista e de toda a região do ABC.

O que nem a matéria de A Tribuna cita e nem o governo santista explica é porque são repassados R$ 19,1 milhões para a Organização Social e ela contrata médicos quarteirizados, muitos em regime PJ e recém-formados para atuar na unidade.

A reportagem e o secretário de Saúde também não explicam porque são gastos R$ 19,1 milhões dos cofres públicos com uma entidade que tem uma extensa lista de irregularidades no currículo, que é alvo de investigações na Assembleia Legislativa e no Ministério Público?

Não há nenhuma explicação do porquê, assim como acontece na UPA santista, a população atendida pelo Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, e pelo PS  reclama de descaso, falta de médicos e de muitas horas de espera para atendimento.  Lá a Fundação do ABC recebe R$ 134 milhões para comandar os serviços!!

Não podemos esquecer que o médico terceirizado contratado para trabalhar na UPA Central denunciou número insuficiente de profissionais nas equipes e foi demitido. (Relembre aqui).

Como qualquer outra empresa, as que atuam sob a falsa roupagem de entidade também querem aumentar seus lucros. Para isso, economizam em mão de obra para garantir os gordos salários de seus diretores, pagos com dinheiro do contribuinte.

Então o correto não é dizer que a UPA já está “Sobrecarregada”. Depois de menos de um ano de funcionamento, a UPA já está SUCATEADA. Gastou-se mais com saúde e ainda assim o atendimento não melhorou, como prometeu o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que agora pede novamente o voto dos santistas para se reeleger!

Que poder é esse que esta Organização Social possui a ponto de, a despeito de todos problemas nas unidades onde atua, permanecer faturando com contratos de altas cifras e até conseguir elevar os valores?

O que há por trás disso?

Veja a matéria publicada nesta quinta-feira, em A Tribuna, onde a Prefeitura volta a culpar o excesso de pacientes de outras cidades como argumento para dar mais dinheiro para a terceirização e para sucatear ainda mais os serviços públicos. Santos sempre foi o município a receber mais pacientes de toda a região metropolitana, pois é município polo. Era assim antes de inventarem o nome Organização Social. E vai continuar sendo. A administração municipal vai ter de inventar outra desculpa para enganar a população.

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