OS Poiesis paga salários de R$ 12.480 para vigias e R$ 6.240,00 para limpeza

A mídia independente Jornalistas Livres publicou uma reportagem que levanta gravíssimas suspeitas sobre  desvio de dinheiro público em equipamentos de cultura terceirizados para a Organização Social Poiesis.

Segundo o Jornalistas Livres, o Tribunal de Contas está questionando salários de R$ 12.480,00 pagos a vigias e seguranças e de R$ 6.240,00 para funcionários da limpeza que atuam para a Poiesis nas Fábricas de Cultura.

Em síntese a matéria aponta que:

• A Organização Social Poiesis, ligada ao PSDB, administrou Fábricas de Cultura com contrato de gestão irregular de R$ 66 milhões sem licitação. O acordo recebeu aditivos e chegou ao montante de mais de R$ 145 milhões.
• A OS apresentou mais custos com faxina e vigilância do que com educadores que são os profissionais que lidam diretamente com os aprendizes atendidos nos espaços.
• Parecer aponta gastos de R$ 1 milhão e 300 mil com propaganda e gráfica para divulgar duas Fábricas na periferia
• O custo de produção apresentado para um único espetáculo feito por aprendizes foi de R$ 167 mil
• Apesar de tudo isso, o contrato com a OS acaba de ser renovado até 2020

O Jornalistas Livres salienta ainda que a Poiesis decidiu diminuir o horário de funcionamento da biblioteca, o que levou os aprendizes da Fábrica de Cultura a ocuparem a unidade do Capão Redondo. Eles passaram também a questionar a falta de transparência da Organização Social. Os contratos nebulosos com o governo do Estado também marcaram as ocupações da Fábrica da Brasilândia e a do Museu Casa das Rosas, também administradas pela OS.
Os educadores que foram demitidos por corte de verbas e os que decretaram greve também cobram transparência nos gastos com recursos públicos que a Poiesis recebe da Secretaria da Cultura. Eles também fizeram atos e manifestações este mês para mostrar o descontentamento.

Algo de muito estranho ronda a terceirização da cultura e a OS Poiesis, com a conivência do Estado. O vídeo do julgamento do contrato no TCE,, os relatórios técnicos do órgão fiscalizador e as planilhas apresentadas pela Poiesis para gerir as Fábricas de Cultura do Jardim São Luís e Vila Nova Cachoeirinha não deixam dúvidas.

Confira aqui a excelente matéria do Jornalistas Livres na íntegra.

Confira aqui o vídeo produzido pelo mesmo portal com um resumo da sombria história que ronda as Fábricas de Culura geridas via contratos milionários com a OS POIESIS.

POIESIS EM SANTOS

A Poiesis é a mesma OS que gerencia as Oficinas Pagu, a serem transferidas pela Secretaria de Estado da Cultura, a partir de agosto, para o imóvel histórico da Cadeia Velha, no Centro de Santos.

Vale lembrar que a Prefeitura de Santos também está implementando a terceirização da gestão de oficinas nos futuros centros culturais da Vila Progresso, Morro da Penha e Vila Nova, sem qualquer debate com a sociedade e contra a vontade dos movimentos culturais da Cidade. Saiba mais aqui