Fundação do ABC: falta de médicos coloca assistência à saúde em risco

Não é só em Praia Grande e em Santos que a Fundação do ABC, gestora de unidades de saúde públicas, obriga o povo a esperar longas horas por atendimento.

Em Guarulhos, conforme denuncia o Sindicato dos Médicos, a Organização Social dona de contratos multumilionários, também está reduzindo equipes nos equipamentos municipais onde atua.

Segundo o sindicato, usuários de três unidades terão menos profissionais à disposição nos plantões.
As equipes médicas da Policlínica Maria Dirce, Policlínica Paraíso e da Unidade de Pronto Atendimento São João foram surpreendidas com a notícia de que o quadro de profissionais sofrerá uma redução nos dois turnos (diurno e noturno) com um médico a menos cada.

As equipes diurnas das policlínicas que contam com quatro médicos passarão a ter apenas três, e as equipes que trabalham à noite passarão de três para dois médicos. Já na UPA São João, além da redução de médicos, os usuários não terão mais Ortopedista.

O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), Eder Gatti, denunciou que o corte nas equipes é um desserviço à população da região de Guarulhos. De acordo com ele o povo irá sentir a precarização no atendimento. “Além da sobrecarga para as equipes que ficarão desfalcadas, as demissões causarão uma defasagem no atendimento com maior tempo de espera nas filas e, no caso da UPA São João, sem especialista em Ortopedia”.

O SIMESP promete exigir uma posição dos responsáveis pela gestão das unidades, prefeitura, secretaria e da OS. “Em caso de resposta negativa por parte dos responsáveis, iremos convocar os médicos para tomar uma medida e evitar que a assistência à saúde dos moradores de Guarulhos seja prejudicada”, finaliza o presidente.