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14/06/2017     nenhum comentário

Justiça nega volta de ex-diretor de hospital terceirizado a Conselho de Saúde

Renilson Rehem foi afastado do conselho em setembro de 2016, por suspeita de irregularidades na gestão do Hospital da Criança de Brasília, na época comandado por uma OS.

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Já mostramos aqui e aqui no Ataque aos Cofres Públicos as irregularidades descobertas na administração do Hospital da Criança de Brasília, no Distrito Federal, gerido pela Organização Social Icipe.

O fundador desta entidade é Renilson Rehem, que atuou como superintendente do Hospital. Ele já havia sido afastado do cargo em novembro do ano passado, por uma decisão provisória, recorreu e conseguiu a suspensão da liminar. Em abril deste ano, ele foi afastado de novo pela Justiça Federal, em uma ação do Ministério Público.

O motivo deste segundo afastamento é o mesmo do primeiro. O fato de o gestor ser contratado para gerir o hospital pela própria entidade que criou. E ele ainda fazia parte da diretoria do Conselho de Saúde, órgão encarregado de fiscalizar as ações e o uso do dinheiro na pasta. Também tinha sido afastado do Conselho por razões óbvias.

O capítulo mais recente desta história é que o ex-conselheiro havia ingressado com um  mandado de segurança para tentar reassumir suas atividades no órgão de controle e, nesta terça-feira (13), a Justiça negou o pedido.

O afastamento

Para o Tribunal de Contas, Renilson Rehem mereceu o afastamento por conta de irregularidades constatadas na gestão do hospital. A recomendação do afastamento, feita pelo Ministério Público de Contas, pedia que o ex-diretor tivesse as funções suspensas até que as investigações contra ele, no âmbito da CPI da Saúde, fossem encerradas.

Os técnicos e auditores do Tribunal dizem que as práticas de irregularidades nos contratos de gestão firmados entre a Secretaria de Saúde e o Instituto de Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), organização social por meio da qual Rehem administrava o Hospital da Criança, ocorrem desde 2011.

Conforme denúncia do Ministério Público, a contratação da entidade foi feita sem licitação e justificativa de preço.

Investigações
O Icipe é objeto de outras sete investigações em curso no Tribunal de Contas – o próprio surgimento da entidade é questionado. O instituto foi fundado em 2009 e passou a ser considerado organização social em 2011. Entre os assuntos apurados, está o fato de o Icipe ter sido credenciado como OS sem cumprir exigências legais, como apresentação de balanços dos patrimônios dos dois anos anteriores.

O mais grave é que apesar de tudo isso, desde 2011, o Icipe recebeu mais de R$ 200 milhões do Governo do Distrito Federal e do governo federal. Tudo sem licitação. Segundo o relatório do Tribunal de Contas, a contratação do instituto “não poderia ter ocorrido pelo fato de que o Icipe não preenchia os requisitos formais de estabelecimentos nos chamamentos públicos”.

Além disso, os contratos com a entidade foram assinados à época mesmo sem o aval da Procuradoria-Geral do DF.

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