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22/03/2018     nenhum comentário

Vitória: após greve de 11 dias, OS Vitale se compromete a pagar direitos de terceirizados

Em assembleia nessa quarta (21) à noite, funcionários da Santa Casa de Bariri concordaram com os termos do acordo firmado entre a Vitale Saúde e o Sindsaúde no TRT.

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Foram 11 dias de greve e resistência e a certeza para os trabalhadores de que vale a pena lutar por direitos. Em assembleia realizada na noite dessa quarta-feira (21), funcionários da Santa Casa de Bariri, no interior paulista, aceitaram o acordo que obriga a organização social Vitale Saúde a arcar com suas responsabilidades trabalhistas. Eles retornam ao trabalho nesta quinta-feira (22) e não terão os dias parados descontados.

O acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindsaúde) e a Organização Social Vitale Saúde ocorreu horas antes da assembleia, em audiência de conciliação entre no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15). O acordo definiu prazos para o depósito dos próximos salários e fixou multas pelos atrasos ocorridos.

Também está garantida a estabilidade dos grevistas por 90 dias. Além disso, a Vitale Saúde terá de pagar multa de 6% sobre os salários de cada um dos empregados em duas parcelas de 3% nas folhas de pagamento dos meses de junho e julho.

A OS também assumiu o compromisso de pagar em dia os salários a partir da folha de maio, que deverá ser depositada até o quinto dia útil de junho. Para os meses de março e abril, os valores serão parcelados, com pagamento de 60% do salário de cada funcionário no quinto dia útil e dos 40% restantes até o dia 25 de cada mês.

No caso de atrasos não previstos no acordo, a Vitale terá de pagar multa de 10% sobre os salários para o empregado prejudicado.

O movimento

O movimento de resistência dos terceirizados começou em 20 de fevereiro, quando os funcionários da Santa Casa de Bariri aprovaram em assembleia o estado de greve. Como os salários de fevereiro não foram depositados no quinto dia útil de março, no dia 11, eles decidiram dar início à paralisação da categoria.

No dia 7, a Vitale havia anunciado que pagaria os salários em duas parcelas – 30% no dia seguinte e 70% após a transferência de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) prevista para o dia 15 -, mas a proposta foi recusada pelos trabalhadores.

Vitale é alvo de investigações em Campinas

No mesmo dia em que damos a notícia de que a OS Vitale finalmente se compromete a pagar o calote aos trabalhadores do Hospital de Bariri, em Campinas, ocorreu mais uma fase da Operação Ouro Verde, envolvendo desvios cometidos pela OS e por servidores da Saúde Municipal.

Cinco pessoas foram alvo de mandatos de prisão, executados pelo Ministério Público Federal. Veja mais detalhes aqui.

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