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04/01/2017     nenhum comentário

Vêm aí mais OSs em Guarujá

Novo prefeito de Guarujá “decreta caos” para justificar entrada de mais OSs na Cidade

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Um prefeito novo a favor da velha política?

No primeiro dia de gestão o prefeito de Guarujá, Dr. Válter Suman (PSB), já mostrou a que veio: ser mais um político a “vender” o já fracassado modelo de gestão por Organizações Sociais (OSs) como solução mágica para todos os problemas do poder público, problemas estes causados pela incompetência administrativa, pela omissão ou ação deliberada de governos corruptos.

Suman decretou estado de Emergência na saúde pública da Pérola do Atlântico e já anunciou que um dos objetivos do decreto é permitir que a pasta contrate diretamente e em regime emergencial as famigeradas OSs.

A estratégia tem sido adotada por muitos prefeitos – os antigos e os de primeira viagem, como é o caso de Suman. Com essa medida, ganha-se tempo para dar à população uma falsa sensação de resolução do caos. Enquanto isso, empresas amigas são beneficiadas por grandes quantias de repasses públicos. Alguns anos ou até meses depois de firmados contratos milionários constata-se o óbvio: as OSs contratadas a peso de ouro não trazem melhorias aos serviços, mas, sim, aumento de gastos e falta de transparência na utilização dos recursos.

A intenção de Suman de privatizar e terceirizar o atendimento em saúde foi destaque na imprensa local nos últimos dias 1º e 2.

Oficialmente, a Prefeitura apresentou a intenção em releases enviados aos veículos de comunicação. “O decreto também autoriza a Secretaria de Saúde a contratar diretamente uma Organização Social ou entidade assemelhada, desde que devidamente legalizada juridicamente, para viabilizar os atendimentos e a eficaz prestação de serviços públicos à população nas áreas de urgência e emergência. O decreto determina que a medida vigora a partir da data de sua publicação”; diz o comunicado.

É visível, portanto, a tentativa de culpar o “caos herdado” para privatizar o setor. Essa política dos administradores públicos se omitirem das responsabilidades para as quais foram eleitos entregando-as para a iniciativa privada também foi usada pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

No mandato passado do tucano, meses antes de anunciar a terceirização/ privatização de parte do serviço de urgência e emergência da Cidade, o antigo PS Central foi largado à própria sorte, no mais autêntico estilo de “sucatear para privatizar”.

Um serviço ruim e mal gerido era o argumento que faltava para fazer a população engolir a UPA Central terceirizada. Hoje, o alto nível de insatisfação dos pacientes e investigações em curso no Ministério Público e em âmbito policial mostram que Santos optou por gastar muito mais dinheiro (R$ 20 milhões por ano) para ter um atendimento de qualidade totalmente questionável.

Em Guarujá, o que chama a atenção é que o mesmo expediente parece estar sendo adotado por um médico concursado da Prefeitura, que por 20 anos atuou na Unidade de Especialidades de Vicente de Carvalho. Pura inocência de um prefeito de primeira viagem ou mais um ataque deliberado aos cofres públicos na Baixada Santista, tão comuns na velha política?

Seja como for, Guarujá já começa o ano com o pé esquerdo.

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