UPA DA ZN É PALCO DE MAIS UM DRAMA NA SAÚDE
Paciente acometida por AVC passa a madrugada e manhã numa cadeira, à espera de atendimento decente
Indignada como a forma com que sua irmã, vítima de um AVC, foi tratada na UPA da Zona Noroeste de Santos, a dona de casa Francileide Silva resolveu usar as redes sociais para denunciar o serviço, que é terceirizado para a organização social SPDM.
Francileide conta que a paciente sofreu o AVC nesta terça (4) e às 20 horas foi levada à pressas para a UPA. Até às 13h desta quarta (5), quando fez a publicação, a vítima ainda não havia recebido um atendimento decente.
Seis horas depois da postagem, a irmã escreveu que a paciente ainda estava aguardando uma vaga para fazer uma tomografia.
Não adianta o governo de Santos querer jogar na pandemia a culpa pela história absurda, já que este mesmo governo vem alardeando em suas mídias que o número de internações de pessoas com sintomas de Covid-19 diminuiu no SUS.
Muita gente não sabe, mas a entidade privada ficha suja que administra a UPA da Zona Noroeste ganha R$ 21 milhões por ano da Prefeitura para realizar um atendimento que desde a abertura da unidade vem sendo alvo de denúncias e questionamentos por conta da péssima qualidade da assistência.
A organização social, inclusive, tem uma extensa ficha suja em razão de outras investigações e irregularidades em contratos celebrados em outras prefeituras do Estado. Quando desativou o PS Central, que funcionava de forma direta, e terceirizou o serviço de pronto atendimento da região mais carente da Cidade, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) já sabia muito bem dos escândalos de ineficiência e corrupção que a SPDM e o modelo de gestão compartilhada como um todo ostentam.
Não há como explicar uma situação como a relatada acima. Ou melhor, há sim. Pegamos emprestado o texto publicado por um munícipe na Coluna do Leitor, do Jornal A Tribuna, no último dia 26 de julho. Veja abaixo o print ou clique aqui para ler direto na página.