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24/10/2016     nenhum comentário

UPA Central de Santos vira alvo de reclamações na imprensa

Jornal A Tribuna flagrou pacientes aguardando até seis horas na última sexta-feira

A precariedade do atendimento na UPA Central de Santos tem sido tão grande que neste sábado (21) o assunto chegou a repercutir na imprensa santista, acostumada a levar em banho-maria as mazelas do atual governo municipal.

Saiu no Jornal A Tribuna a dor e o drama dos pacientes que chegam a esperar seis, sete horas por atendimento.

Com a palavra o prefeito de Santos, eleito com mais de 70% dos votos, em parte com o discurso que nunca se investiu tanto em saúde. No discurso de inauguração da unidade terceirizada para a Fundação do ABC a R$ 19,1 milhões por ano, as autoridades prometeram que a UPA marcaria uma nova fase mais moderna, ágil e humana no atendimento em urgência e emergência.

O dia a dia cada vez mais caótico mostra as falas não passaram de discurso vazio. Agora a administração quer  fazer parecer que a culpa da sobrecarga é única e exclusiva dos outros municípios, que não fazem a sua parte. É importante lembrar que Santos recebe mais dinheiro do SUS exatamente por arcar com parte da demanda dos municípios vizinhos.

Como mostra semanalmente a Ouvidoria Popular do Ataque aos Cofres Públicos, na UPA moderna, ágil e mais humana falta até dipirona para os pacientes. Aparelhos básicos como otoscópio para examinar o ouvido e lanterna para examinar a garganta não tem. Médicos usam muitas vezes a lanterna do próprio aparelho celular.

Os resultados dos exames volta e meia demoram até três dias para saírem. Falta até cadeira de rodas para locomover os pacientes que não conseguem andar.

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Veja o que diz a reportagem:

Pacientes reclamam de longo tempo de espera nos prontos-socorros de Santos

Há relatos de pessoas que ficaram seis horas nas Unidades de Pronto Atendimento

Cada vez mais lotados, prontos-socorros de Santos estão tirando os pacientes do sério. A galera tem passado horas na fila à espera de atendimento. O sufoco acontece principalmente no fim da tarde e à noite, quando há maior movimento. É tanta gente que as cadeiras da recepção costumam não ser suficientes.

O comerciante Carlos Marcelo Ribeiro, de 53 anos, procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central com mal-estar e desconforto no peito. Ele chegou às 21h30 de quarta-feira, passou pelo primeiro atendimento duas horas depois e pôde ir embora só às 3h30.

“Só pra fazer o eletrocardiograma demorou mais de uma hora”, contou Carlos, que voltou no dia seguinte para pegar o resultado do exame e esperou quatro horas além do horário marcado. “O atendimento é bacana. O que incomoda é o tempo perdido”.

Ele, assim como outros pacientes ouvidos, dizem que a UPA tem recebido gente de outras cidades, o que entope a unidade.

Moradora da Vila Margarida, em São Vicente, a vendedora Samanta Porto Alves, de 32 anos, é um exemplo disso. Ela esteve no Hospital Municipal (antigo Crei) na segunda-feira e, como os médicos vêm atendendo só emergências, precisou ir até Santos.

“Estava com dor no corpo e febre. Fui no Crei e, como não tava funcionando, estive na UPA da Zona Noroeste. Lá estava pior e vim pra cá. Não temos pra onde ir e aí junta o pessoal daqui com o de lá”, disse Samanta, em frente à UPA Central.

De acordo com a Fundação ABC, dos 16.713 atendimentos realizados na UPA Central em julho, quando o Crei deixou de funcionar normalmente, 22,1% eram de moradores de São Vicente. No mês passado, esse número cresceu para 29,24% entre os 20.752 atendimentos.

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