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11/02/2016     nenhum comentário

UPA Central coleciona reclamações antes de completar um mês

Os problemas foram relatados em páginas de conteúdo noticioso no Facebook e também por meio de um vídeo feito pelo vereador Evaldo Stanislau (Rede) e compartilhado em seu perfil.

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Antes mesmo de completar 20 dias de funcionamento a UPA Central de Santos, terceirizada e inaugurada com toda a pompa no último dia 15 de janeiro, já colecionava reclamações de usuários.

Os problemas foram relatados em páginas de conteúdo noticioso no Facebook e também por meio de um vídeo feito pelo vereador Evaldo Stanislau (Rede) e compartilhado em seu perfil.

Nos posts, centenas de outros munícipes contam suas experiências também nada agradáveis no equipamento. Os fatos relatados destoam bastante da extensa propaganda que a Prefeitura fez sobre a nova unidade no Diário Oficial, na mídia em geral e até na TV.

Ao que parece, a propaganda que usava expressões como “excelência em atendimento”, “gestão inovadora”, “resolutividade” e “novo ciclo na saúde santista”, deu lugar à realidade. E a realida-de, como o Ataque aos Cofres Públicos vinha denuncian-do antes mesmo da unidade abrir as portas, é cruel.

Pudera. A UPA é gerida por uma Organização Social (OS). E OSs não deram certo em lu-gar algum do Brasil. O último estado a sentir na pele os pre

juízos deste tipo de terceirização foi o Rio de Janeiro, atual-mente mergulhado em uma crise sem precedentes, onde até mesmo as autoridades já admitem que a publicização (terceirização/privatização) contribuiu de forma decisiva para seu aprofundamento, por conta do encarecimento dos serviços, da ineficiência e do maior grau de corrupção.

Por que em Santos seria diferente? O Ataque aos Cofres Públicos alertou, com argu-mentos dos mais diferentes teores, tanto os vereadores santistas que aprovaram a lei que autoriza a entrada das OSs em Santos, quanto as en

tidades que possuem assento no Conselho Municipal de Saúde e que cruzaram os bra-ços diante deste ataque.

Os alertas ocorreram por meio de uma série de en-trevistas e artigos. Nessas ocasiões os parlamentares e conselheiros foram confron-tados com dados que apon-tam o fracasso da terceiri-zação dos serviços públicos. Dados esses baseados em estudos do Tribunal de Contas de São Paulo, em inquéritos no Ministério Público Federal e Estadual, em operações da Controladoria Geral da União (CGU) e Polícia Federal, em denúncias divulgadas na imprensa e em entrevistas com especialistas.

Todo esse material, que está compilado em mais de 550 artigos no site www.ataqueaoscofrespublicos.com, demonstram claramente o seguinte: contratar OSs para gerir serviços públicos custa mais caro, é menos eficiente e é mais sujeito a fraudes e corrupção. Com esse sistema ganham os empresários e ganham os políticos inescrupulosos em busca de mais fontes para financia-mento para seus projetos de poder. Perdem feio a população, os trabalhadores e os cofres públicos.

 

Muita demora e pouca eficiência

As reclamações sobre a UPA Central que ganharam as redes sociais referem-se principalmente a longas esperas. Pacientes aguardando quatro e até seis horas para passar pelo consultório parece ser uma rotina na unidade.

Também há quem reclame do atendimento realizado pelos médicos, feito de forma rápida. Muitos internautas questionam a utilidade de um prédio novo, mas sem o cuidado e a atenção que esperavam receber.

Fontes ouvidas pelo Ataque aos Cofres Públicos relatam falta de medicamentos e materiais, que precisariam ser retirados de outras unidades da Prefeitura, descobrindo um santo para cobrir o outro. O aparelho de Raio X seria precário, faltariam ambulâncias para remoções no período noturno (as am-bulâncias do PS Central é que estão transportando os pacientes).

Além disso, segundo in-formações apuradas, o prédio possui uma marquise que não permite que ambulâncias entrem. Por isso, a maior parte dos pacientes encaminhados pelo SAMU e Bombeiros está sendo levada para o PS Central. Outro problema relatado seria de que na emergência não há macas para atendimento, somente camas, o que dificulta os procedimentos em volta do paciente. E mais: materiais de uso hospitalar estariam sendo esterilizados pela prefeitura, em outros locais.

Vale lembrar que a OS Fundação do ABC foi contra-tada para gerir a UPA Central, sendo responsável por suprir as necessidades da unidade. Para isso receberá por ano R$ 19,2 milhões dos cofres mu-nicipais. A entidade é a mesma que administra várias unidades de Saúde em Praia Grande, inclusive o Hospital Irmão Dulce, cuja unidade de emergência também é alvo constantes de queixas nas redes sociais e nos jornais.

A OS também tem diversas restrições (consulte o site www.ataqueaoscofrespublicos.com) junto a órgãos de controle, como Tribunal de Contas e Ministério Público, além de ser alvo de uma frente parlamentar da Assembleia Legislativa que investiga todos os contratos da OS no Estado.

O Hospital dos Estivadores, onde mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos já foram investidos, está indo para o mesmo caminho. Em novembro passado, o Conselho Municipal de Saúde aprovou a publicização da gestão da unidade, atendendo aos interesses do governo e dos empresários e ignorando as ameaças à saúde da população que usará o espaço.

Confira abaixo as principais reclamações sobre a UPA terceirizada:

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Leia também os comentários no face e tire suas conclusões, clicando aqui.

 

Abaixo a matéria publicada no Diário do Litoral, do último domingo (7/2):

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