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03/08/2017     nenhum comentário

Trabalhadores da FUABC em Santo André fazem protesto nesta quinta

Os funcionários já estão em estado de greve porque que Organização Social se recusa a recompor as perdas inflacionárias dos últimos dois anos nos salários

sede-fuabc

Os trabalhadores da Fundação do ABC (FUABC) promovem nesta quinta-feira (3), uma manifestação, seguida de assembleia em frente à organização social (OS), em Santo André, no ABC Paulista.

Em estado de greve desde o dia 27 de julho, os funcionários vão decidir os próximos passos do movimento, que pode resultar em início de greve ou em medidas judiciais. Tudo porque a empresa se recusa a reajustar o salários dos profissionais há dois anos.

De acordo com o SindSaúde, que representa os trabalhadores, a categoria já sofreu com a desvalorização salarial no ano passado e após reunião realizada há quase um mês com a Fundação do ABC, somente no dia 7 de julho, a organização respondeu, via e-mail, que não tem proposta alguma de reajuste, após solicitar 15 dias para avaliar a reivindicação da categoria.

Ano passado, em função da falta de reajuste, o sindicato entrou com Ação de Cumprimento para que a FUABC fosse enquadrada no Sindhosp (sindicato patronal). A entidade ganhou a causa em primeira instância, mas o processo continua em andamento. Enquanto isso, os trabalhadores que não tiveram nenhum reajuste em 2016, foram os únicos da categoria que ficaram sem reajuste também em 2017 (a data-base da categoria é 1º de maio).

“É preciso que a sociedade saiba o que acontece com esses trabalhadores, que têm como missão profissional de salvar e cuidar de vidas, mas que sofrem um tratamento desumano dos patrões, que em última instância são as prefeituras, as quais ainda têm a coragem de ficar fazendo campanha de atendimento humanizado”, disse o presidente do SindSaúde ABC, Almir Rogério Mizito.

Mais greve

Esta não é a única categoria vinculada a OSs na saúde pública a se mobilizar. Médicos do Hospital Infantil de Joinville, em Santa Catarina,  decidiram paralisar os serviços a partir desta quinta-feira (3). Só os casos de emergência serão atendidos

Os profissionais sofrem com o atraso no pagamento de seus honorários, que é feito através de repasses mensais por parte da Secretaria Estadual da Saúde para a OS Hospital Nossa Senhora das Graças. Com sede em Curitiba, a instituição recebe um valor mensal de aproximadamente R$ 6 milhões da Secretaria Estadual da Saúde para pagar o custeio. Só para os médicos devem ser destinados R$ 2 milhões mensais, mas o Estado está atrasando esses repasses.

 

Em 5 de dezembro do ano passado também houve paralisações, pelo mesmo motivo.

E há quem ainda defenda que basta mudar o modelo de gestão da saúde, entregando unidades para entidades que na verdade são empresas como outra qualquer, que tudo se resolve. O que garante o pleno funcionamento das redes públicas é priorizar a saúde no orçamento, garantindo recursos. Sem isso, colocar terceiros para fingir que algo está sendo feito só retarda e aprofunda os problemas, já que as OSs custam mais para o erário e são menos transparentes. Ninguém fiscaliza nada e o rombo só aumenta.

Quem paga a conta são os trabalhadores e a população que depende dos serviços.

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