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16/03/2017     nenhum comentário

Terceirizados de OSs na Prefeitura do Rio estão sem salários

Informações dão conta de que já são quatro meses de atraso nos repasses. Gastos do Município muito maiores com as entidades, somados à queda na arrecadação, aprofundaram o rombo financeiro na saúde.

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As proporções do buraco financeiro que a publicização na saúde gerou para o município do Rio de janeiro chegaram a níveis que surpreendem até mesmo os críticos do modelo de gestão terceirizada.

Os funcionários de três organizações sociais (OSs) que atuam sobretudo nas clinicas de saúde da família estão sem salários. E a estimativa feita pela Secretaria de Saúde à Câmara Municipal dá conta de que a Prefeitura está desde outubro sem repassar qualquer quantia a estas entidades.

As OSs, como cansamos de denunciar são muito mais caras para os cofres públicos e também muito mais difíceis de serem fiscalizadas. O dinheiro sai do orçamento, mas não há garantias de que resultará em serviços concretos à população. Além disso, os trabalhadores que atuam para estas organizações são precarizados, pois ganham menos e estão sempre sujeitos a assédio moral, piores condições de trabalho e, como estamos vendo, descontinuidade nos pagamentos.

Os funcionários deveriam receber na semana passada, mas até agora nada foi pago.

Segundo o vereador Paulo Pinheiro, do PSOL, informações passadas pelo secretário de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, em visita à Câmara dos Vereadores, apontam uma dívida de quatro meses e meio com as OSs. São três meses não pagos em 2016 (outubro, novembro e dezembro), além da pendência de metade de janeiro, e fevereiro.

Os atrasos nos salários dos terceirizados é uma constante também nos contratos com o Governo do Estado. Os hospitais da rede chegaram a suspender cirurgias no ano passado em função do rombo financeiro que o modelo abriu no orçamento. Veja aqui.

Muito dessa crise financeira tem a ver com desvios de verba e e superfaturamento na compra de materiais e insumos que se tornaram escândalos nas manchetes de jornais do Estado.

Por todos os ângulos que se olhe, a entrada das Organizações Sociais na saúde é nociva. O serviço fica mais caro, menos transparente e perde qualidade. Quem perde mais é a população.

 

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