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06/02/2017     nenhum comentário

Terceirizado, AME de Santos não fornece remédio nem com determinação judicial

Paciente Neuseli tem diabetes e conta que há 3 meses vem tentando obter insulina na unidade, sem sucesso.

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Uma reportagem publicada nesta segunda-feira, pelo jornal Diário do Litoral, mostrou o suplício de alguns usuários do SUS que peregrinam unidades em busca de medicamentos.

Logo na abertura da matéria, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) é destacado como exemplo de local que não contempla totalmente a demanda por medicamentos. Segundo o jornal, uma moradora de Santos não consegue há três meses insulina para o tratamento de diabetes. O medicamento lhe é garantido por decisão judicial, inclusive, já que cada frasco, que dura cerca de um mês, custa mais de R$ 400,00.

O curioso é que a Farmácia de Equipamentos Especializados ou Farmácia de Alto Custo, em operação dentro do AME, é terceirizada para a Organização Social Cruzada Bandeirante São Camilo de Assistência Médico Social. A entidade cansou de figurar no Diário Oficial de Santos como exemplo de que o modelo de gestão via OSs dá certo. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), e o ex-secretário de Gestão (atual secretário de Saúde), Fábio Ferraz, também sempre destacaram o AME terceirizado como “case” de sucesso.

Diziam e dizem os entusiastas da terceirização que uma das vantagens de se transferir a gestão das unidades para essas empresas – as OSs -, é que as compras de materiais, equipamentos, insumos e medicamentos são muito mais ágeis por haver menos burocracia. Isso por conta a autonomia gerencial, orçamentária e financeira que as entidades possuem ao manipular os repasses feitos pelo poder público.

Como se pode ver, trata-se de mais uma falácia para fazer a opinião pública crer que a privatização da saúde é o caminho para a eficiência. Só se for para a eficiência da bandalheira, dos desvios de dinheiro público, do enriquecimento de donos de entidades que dependem do dinheiro do SUS.

 

 

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