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14/03/2023     nenhum comentário

SPDM EM PG: MUNÍCIPE QUE PERDEU A FILHA DE UM ANO POR SUSPEITA DE NEGLIGÊNCIA CRIA PÁGINA POR ‘JUSTIÇA”

Jovem vai acionar a Justiça e está levantando outras denúncias envolvendo a mesma UPA terceirizada para a Organização Social SPDM e pelo médico contratado pela empresa

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Raphaela Aparecida de Carvalho, de 22 anos, segue lutando para que as autoridades de Praia Grande (PG) deem uma resposta concreta sobre o falecimento da filha de Laís, de apenas um ano, vítima de suposta negligência médica na UPA Samambaia, gerida pela organização social SPDM. Veja detalhes do caso aqui.

A jovem aguarda também a liberação do prontuário médico para acionar a Justiça. Ela criou uma página no Facebook, chamada Justiça pela Laís. Lá expôs o nome do médico que atendeu a criança e aponta que o mesmo nem pediatra é. Ele aparece como ortopedista e seu nome está envolvido em um processo judicial relativo a outro caso de erro médico.

Laís sofreu cinco paradas cardíacas após ser medicada pelo médico, no último dia 3. Segundo a mãe, o profissional sequer examinou a bebê. Era a segunda vez no dia que a família procurava a unidade por conta da bebê estar sonolenta após ser medicada com dramin. “Ee pegou o que eu tinha falado e o relatório da manhã e passou Decadron e mais dois remédios que não sei quais são”, afirma a mulher, que viu a criança receber a medicação pela veia. Ela diz que apesar de sonolenta, Laís estava ativa, chorava e resmungava. “Foi questão de 20 minutos que ela tomou esse remédio e começou a desfalecer no meu colo”, contou à imprensa local.

Assustada com a palidez da filha, que passou a ‘ficar mole’, Raphaela chamou uma enfermeira. “Ninguém percebeu, só eu. Se não fosse eu, ela teria uma parada cardíaca no meu colo, ia morrer no meu colo”, relembra a mãe, dizendo que o médico chegou para examinar a paciente após ser solicitado pela enfermeira. “Ele falou: ‘corre para a emergência e intuba’. Então eles entraram e não me deixaram ir”.

Nesta segunda (13), ao Ataque aos Cofres Públicos, Raphaela contou que procurou a prefeita de Praia Grande, Raquel Chini, por meio do whatsapp. Ela publicou em sua página o que seria a resposta no aplicativo de mensagens. Veja abaixo.

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Raphaela diz que depois da exposição da história de sua filha, apareceram outras denúncias. “Tenho casos de outras mães que passaram com ele”, disse.

A jovem publicou um dos relatos no Facebook (veja abaixo) e promete não se calar até que os responsáveis pelo que aconteceu com a menina sejam punidos.

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“No dia seguinte eu voltei lá e ele continuava dando plantão na pediatria. No dia que minha filha  veio à óbito tinha uma chefe lá que era chefe de plantão e ela era pediatra. E ele estava no lugar dela. Ela quem deu entrada no boletim de ocorrência. E no dia seguinte ela estava lá atendendo?’, questionou Raphaela.

O caso repercutiu bastante nas redes sociais e na imprensa local.

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CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.

No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

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