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13/07/2017     nenhum comentário

Site denuncia o que está por trás da “venda” da rede estadual de educação na Paraíba

Empreitada privatista se revelou um grande negócio, aponta o Viomundo

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O site Viomundo trouxe uma reportagem, no último dia 10, com importantes reflexões sobre a empreitada do governador paraibano Ricardo Coutinho (ex-PT e atualmente PSB) na “venda” da gestão das escolas públicas.

Como sempre, há interesses de gente graúda por trás de um negócio que já se revelou rentável tanto economicamente quanto em termos de marketing político. Só não é bom para a educação, entregue à uma perigosa lógica de mercado, que pode custar caro para as gerações atuais e futuras.

Veja abaixo o texto, na íntegra, ou clique aqui:

Em meio a imbróglio com ex-primeira dama, socialista Ricardo Coutinho “vende” a rede pública de educação da Paraíba

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Nesta terça-feira 11/07, às 9 horas da manhã, o governador socialista da Paraíba, Ricardo Coutinho, vai “vender” a rede pública de educação do Estado.

Não vai vender a rede física, em si, mas a gestão de 654 escolas.

Funciona assim: o Estado entra com cerca de 10 milhões de reais e os “gestores privados” colocam a escola pública à serviço do mercado.

Este negócio lucrativo tem promovido, nos últimos anos, o surgimento de uma imensa rede de ‘institutos’ e ‘consultorias’ que se dizem voltadas a ‘resgatar’ a Educação e ‘fazer o bem’.

Será?

O fato é que as escolas da Paraíba foram divididas em oito lotes. O lote mais valioso é o sete, no sertão profundo da Paraíba, onde o estudante rende R$ 43,54 por cabeça.

O que Ricardo Coutinho (ex-PT, no PSB) faz agora é a extensão do projeto-piloto iniciado em 2016, o Escola Cidadã, com oito escolas. À época, ele disse: “Em termos de infraestrutura, a Escola Cidadã tem qualidade similar às melhores escolas privadas, e em termos de prática pedagógica vai ser mais inovadora. A meta é zerar a evasão escolar”.

Foi o resultado de uma parceira com o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), que tem como parceiros o Instituto Natura e o Instituto Sonho Grande.

O ICE tem como “investidores” o Banco Itaú, a Fiat/Chrysler, a Jeep e maior farmacêutica do Brasil, a EMS.

patrocinios

Em sua página, o ICE diz que tem parceiras com os governos do Maranhão, Paraíba, Pernambuco, São Paulo, Goiás, Sergipe, Ceará e Piauí, além das prefeituras do Rio, Recife, Vitória, Sobral, Arcoverde e Igarassu.

Ou seja, trata-se de um grande negócio.

Em fevereiro deste ano, Ricardo Coutinho disse que estava promovendo uma ‘revolução na educação’ da Paraíba, mas o líder da oposição denunciou que ele teria fechado escolas, num “reordenamento” que atingiu 186 unidades — na mesma linha do que Geraldo Alckmin pretendia fazer em São Paulo mas foi barrado pelos estudantes nas ruas.

Por exemplo, o Colégio Estadual General Wanderley, em João Pessoa, existente desde 1945, foi fechado.

Em 2010, a escola foi reformada totalmente pelo antecessor de Coutinho e transformada num centro de treinamento tecnológico para professores — o que deixa explícito o vai-e-vem das prioridades governamentais.

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP) disse que vai recorrer à Justiça.

“Esta não é a primeira empreitada privatista de áreas fundamentais da administração pública que o Governador Ricardo Coutinho viabiliza. A Saúde do Estado já passou por este processo e é administrada através da Gestão Pactuada com Organizações Sociais. A Gestão do Hospital de Trauma de João Pessoa, por exemplo, é feita pela Cruz Vermelha. Tais intervenções são possíveis de acordo com a Lei No 9.454, sancionada pelo próprio Governado Ricardo Coutinho, em Outubro de 2011”, disse em nota o Sintep.

“O Setor Jurídico da entidade já está sendo acionado, no intuito de tomar atitudes legais contra a medida. Aproveitamos esta oportunidade para solicitar a intervenção do Poder Legislativo do Estado da Paraíba, que estará recebendo ofícios do nosso Conselho Diretor, posicionando-se contra a terceirização da Educação do Estado”, concluiu.

Neste exato momento, o governador Coutinho está envolvido num grande imbroglio com a ex-primeira dama, a jornalista Pâmela Bório. Ela o acusa de, depois da separação, ter vazado fotos íntimas que estavam num celular.

“Governador da Paraíba, cadê o meu celular roubado VIOLENTAMENTE em 7 de setembro de 2015 por sua irmã Viviane Coutinho que anda escondida até hoje na residência oficial do governo? Continuo com a caixa do aparelho vazia, bem como o IMEI, sabia? Eu sei que ainda está com meu celular porque as fotos vazadas haviam sido tiradas nele!”, ela denunciou numa rede social.

Ela também vazou “Registro da Delegacia da Mulher, onde estão diversas denúncias, entre elas o hackeamento do meu celular entre 2013 e 2014, até a implantação de um dispositivo de gravação acoplado no telefone fixo do meu criado-mudo da suíte principal da residência oficial, onde eu dormia nesse período até março de 2015, quando finalmente eu consegui me divorciar e sair da Granja Santana”.

Granja Santana é a residência oficial do governador da Paraíba.

A assessoria de Ricardo Coutinho diz que Pâmela será processada tantas vezes quanto denunciá-lo nas redes sociais.

Veja no link abaixo que uma auditoria do TCE fez com que o processo de entrega da gestão das escolas fosse adiado. Há indícios de irregularidades que estão sendo apurados.

Auditoria do TCE aponta irregularidade na terceirização da educação da Paraíba

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