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15/05/2017     nenhum comentário

Secretaria de Saúde de MT diz que fez repasse de R$ 44,4 milhões e culpa OS por má gestão

Terceirizado, Hospital Regional de Sinop suspendeu internações alegando que Governo deve para entidade gestora

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Com Organizações Sociais em hospitais e demais serviços públicos é assim. A empresa diz que não presta direito os serviços porque não recebe todo o valor acordado em contrato. E o governo diz que não repassa todo o valor acordado em contrato porque a empresa não presta contas direito dos serviços que diz executar.

Nessa “falsa” polêmica entre público e privado que se prejudica? O povo. Duas vezes. Primeiro na hora de buscar atendimento e não ser bem atendido. Segundo quando percebe que o dinheiro que paga em impostos está indo pelo ralo da ineficiência e da corrupção que imperam na terceirização.

Em resumo, é exatamente isto o que está acontecendo em Mato Grosso, no Hospital Regional de Sinop. Por lá as internações foram suspensas pela administradora, a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop. O motivo é que estariam faltando medicamentos e materiais cirúrgicos por conta de uma alegada dívida que o Governo teria com a OS.

No entanto, a secretaria estadual de Saúde (SES) afirma que é injustificável a decisão da direção do Hospital, garantindo que os pagamentos estão sendo feitos regularmente.

Conforme publicou o site RD Notícias, no último dia 4 de maio, foi emitido um oficio para a secretaria municipal de Saúde, informando que a partir daquela data a unidade não receberia mais internações de pacientes encaminhados da UPA 24h, por superlotação e falta de medicação. No documento a entidade cita que os repasses do governo estavam atrasados.

Valores pendentes de 2016, relativos às diferenças pleiteadas pela fundação sobre os valores que foram repassados e que estão passíveis de prestação de contas e de auditoria estão no centro da discussão entre as partes.

Já a SES esclarece que de janeiro a dezembro de 2016 o valor transferido para a direção foi de R$ 44,4 milhões e que resta um montante de apenas R$ 666 mil, já programado para ser quitado nos próximos dias.

Conforme a secretaria, de janeiro a abril de 2017, já foram transferidos R$ 13,8 milhões. O cerca de R$ 1,4 milhão ainda não transferido como parte do repasse de abril deste ano está pendente por culpa da OS. A pasta explica que aguarda os documentos da Fundação para efetuar o pagamento.

Enquanto as autoridades não se entendem, os estragos da terceirização avançam e a população de Sinop padece sem assistência adequada. Em Cubatão, na Baixada Santista, aconteceu parecido. A situação se tornou tão insustentável que o hospital acabou sendo fechado. Agora, estuda-se um projeto de PPP para reabri-lo, mesmo assim com apenas 60% dos leitos voltados ao SUS.

Será este o mesmo triste fim do Hospital Regional de Sinop?

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