São José do Calçado terá protesto contra terceirização de hospital estadual
Categoria denuncia a precarização da unidade como estratégia para justificar a contratação de OSs
De acordo com o Sindsaúde, a estratégia do governo é precarizar ao máximo as unidades que ainda estão sob administração direta do Estado para justificar a terceirização da gestão. O mesmo processo acontece em outras cidades que também tiveram seus serviços públicos terceirizados.
O serviço de lavanderia foi terceirizado para uma lavanderia de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. A Farmácia Hospitalar da unidade também teve o plantão fechado, com atendimento por farmacêutico apenas durante o dia. Nos plantões noturnos, em caso de necessidade de medicamento, os enfermeiros são responsáveis por abrir, dispensar e fechar o setor, o que contraria normas de funcionamento das farmácias.
Além da farmácia, também foi fechada a Agência Transfusional do hospital, interditada pela Vigilância Sanitária em 12 de julho. Com o fechamento, as amostras de sangue dos pacientes devem ser levadas para Cachoeiro de Itapemirim para a realização de provas cruzadas.
O Ato de Repúdio será às 8 horas, em frente ao Banestes (Banco do Estado do Espírito Santo). Já às 17 horas, haverá uma concentração em frente ao HESJC para passeata, que seguirá até a Câmara de Vereadores.
De acordo com o diretor do Sindsaúde, Valdecir Nascimento, a estratégia do Governo do Estado não foge à regra. “Para entregar o HESJC nas mãos dos empresários travestidos de Organização Social (OS) a regra é precarizar ao máximo os serviços prestados pela unidade, assim como as condições de trabalho dos servidores e servidoras. O Sindsaúde repudia este ato vergonhoso do Governo do Estado, que trará um enorme prejuízo para a população de São José de Calçado e cidades vizinhas!”, diz a entidade sindical.