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07/12/2023     nenhum comentário

PRIVATIZAR O FORNECIMENTO DE ÁGUA É CONDENAR GERAÇÕES À LÓGICA DO LUCRO EM DETRIMENTO DA VIDA

Governo de S. Paulo está indo na contramão dos países que estão reestatizando o serviço após os prejuízos que a privatização gerou

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Nesta quarta (6), a ALESP aprovou o projeto que autoriza Tarcísio de Freitas a privatizar a Sabesp. O atual governo e os 62 deputados que votaram a favor não só colaboram para perpetuar a lógica do lucro em detrimento da vida, como agem na contramão de uma onda mundial de reestatização dos serviços de fornecimento de água.

Os exemplos internacionais desses retrocessos que agora tentam corrigir lá fora são muitos: Berlim, Paris e outras dezenas de cidades do centro do capitalismo. Por lá, o poder público teve de retomar a gestão dos sistemas de água e esgoto por causa de aumentos sistemáticos no valor da conta e investimentos insuficientes pela iniciativa privada.

A lógica do lucro, sempre ela. A população que fique com os prejuízos das tarifas subindo acima da inflação e da falta de manutenção do sistema. A população que sofra com a venda e concessão de patrimônio público que não melhoram a vida dos mais pobres, mas servem para enriquecer políticos e empresários.

Assim como na área da Educação e da Saúde, garantir o direito a água e saneamento básico requer investimentos constantes e, por isso, é alago que não pode estar atrelado à busca por lucratividade a qualquer preço. Tal qual o SUS e o ensino público, o serviço da Sabesp está muito distante do ideal. Na Baixada vemos as regiões mais periféricas passando dias e dias sem água, assim como vemos o abandono das escolas, o descalabro nas unidades de saúde e a desvalorização dos servidores públicos. E tudo isso ocorre não por falta de recursos, mas por falta de Governos comprometidos com a garantia de direitos básicos. Governo que apostam na tônica “sucatear para privatizar”.

Com a migração para gestões guiadas pela necessidade de lucro, a situação tende a ficar ainda pior. É bom lembrar que as concessionárias de energia foram entregues à iniciativa privada, mas isso não melhorou o serviço. Pelo contrário, deixaram a desejar em termos de manutenção, como mostram os apagões recorrentes em dias de tempestades ou tempo bom.

Estamos vivendo mudanças climáticas e aumento do aquecimento global. Os governos deveriam estar agindo para garantir o acesso à água, recurso cada vez mais escasso e estratégico. Resta lutar para que esse ataque, que ainda depende do aval da Câmara dos Vereadores da capital paulista, não siga adiante. Mas para isso, é preciso resistir coletivamente.
NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA SABESP! ÁGUA NÃO É MERCADORIA!

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