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18/04/2016     nenhum comentário

Preso prefeito de Montes Claros (MG) por fraude na saúde

O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), é marido da deputada federal que deu um dos discursos mais empolgados ao votar pelo impeachment e “pelo fim da corrupção”.

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O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB) foi preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília na manhã desta segunda-feira (18). Ele é marido da deputada Raquel Muniz (PSD), que votou a favor do impeachment, e estava na capital justamente para acompanhar o processo contra a presidente Dilma Rousseff.

Raquel foi uma das deputadas com voto mais empolgado pelo que diz ser “o fim da corrupção”. Ela repetiu SIM por mais de dez vezes ao se declarar a favor da saída da presidente Dilma. E ainda afirmou entusiasmada: “Meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”.

A investigação da Polícia Federal que prendeu o marido de Raquel apura suspeitas de fraudes em licitação na área da saúde. A ação foi batizada de “Operação Mascara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”. Ocorreram ainda outras prisões em Montes Claros.

Ela já tinha antecipado sua posição na discussão do processo de impeachment na sexta-feira e a gestão do marido foi vendida por ela como exemplo no combate à corrupção.

“A corrupção que assola o nosso País é a ferrugem que impede o desenvolvimento. Não podemos mais permitir essa situação. Em Montes Claros, minha cidade natal, o Prefeito Ruy Muniz, senhoras e senhores, criou a Secretaria de Prevenção à Corrupção. E, lá, temos lutado para dar mais qualidade de vida aos montes-clarenses, para garantir dignidade à nossa gente”, disse Raquel Muniz à imprensa, na última sexta-feira (15).

A fraude

Ruy Muniz teria usado de meios fraudulentos para beneficiar o hospital dele, diz a Polícia Federal, que também tem como alvo a secretária de Saúde. A Justiça também expediu mandado de prisão contra a atual Secretária de Saúde do município, Ana Paula Nascimento. Ao todo a operação “Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde” deve cumprir quatro mandados de busca e apreensão na prefeitura, secretaria de Saúde e na casa dos envolvidos.

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Segundo as investigações, os acusados usaram de meios fraudulentos para tentar inviabilizar o funcionamento dos hospitais Universitário Clemente Faria, Santa Casa, Aroldo Tourinho e Dilson Godinho, em Montes Claros. Eles pretendiam favorecer o Hospital das Clínicas Mario Ribeiro da Silveira, que segundo a PF, pertence ao prefeito, seus familiares e respectivo grupo econômico.

O Ataque aos Cofres Públicos já havia contado esta história aqui em duas ocasiões. Veja nos links:

 

MPF/MG processa prefeito de Montes Claros e deputada federal por fraudes contra o município e a União

Como agem os genocidas da saúde

O prefeito e a secretária de Saúde devem responder pelos crimes de falsidade ideológica majorada, dispensa indevida de licitação pública, estelionato majorado, prevaricação e peculato.

A assessoria de comunicação da prefeitura foi procurada pelo G1, mas até a manhã desta segunda (18), o órgão não se posicionou.

 

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