Prefeitura de Cubatão admite que OS falha na prestação de contas e fala em romper contrato

Está estampado no Jornal A Tribuna desta quarta-feira (25) aquilo que o Ataque aos Cofres Públicos vem repetindo exaustivamente: Organizações Sociais (OSs) fazem um serviço questionável e não prestam contas corretamente do dinheiro público a elas repassado. Muito mais caras do que a administração direta, as OSs viram um fracasso financeiro para os cofres públicos em pouco tempo. O buraco se acentua ao mínimo sinal de crise na arrecadação. Uma vez tendo seus lucros ameaçados, a aura de “filantropia” se esvai imediatamente, como mágica. As OSs largam propositalmente o serviço às traças e só sabem repetir que o caos no atendimento foi causado pelo atraso nos repasses. Os agentes públicos, por sua vez, recusam-se a enxergar que o modelo de gestão é ineficiente por estes e muitos outros motivos.

Essa situação está ocorrendo pela segunda vez no Hospital Municipal de Cubatão e foi tema de reportagem na imprensa mais uma vez. Meses atrás o roteiro foi o mesmo, apenas os personagens eram diferentes. Antes, o governo era da petista Márcia Rosa e a OS era a Pró-Saúde. Hoje, o governo é do tucano Ademário Oliveira e a OS em questão é a AHBB.

Ademário fala em desconfiança em relação à entidade e na “resistência” da mesma em dar informações sobre o quadro financeiro do Hospital.

E já admite a alternativa é mesmo a intervenção do Estado no equipamento e o rompimento do contrato com a AHBB. Outra opção – e aí o enredo ficaria ainda mais idêntico ao da gestão Márcia Rosa – seria dar por finalizado o atual contrato de gestão e abrir de forma emergencial um processo para escolha de nova entidade, exatamente como ocorreu na transição entre a Pró-Saúde e a mesma AHBB.

Veja o que traz matéria do Jornal A Tribuna e tire suas próprias conclusões:

Vale lembrar que também na gestão passada a Justiça havia concedido liminar para que o Estado fosse obrigado a intervir e colocar o hospital para funcionar. O Governo Alckmin recorreu e conseguiu suspender a liminar. Agora a determinação pela intervenção veio em sentença no mérito da ação. O Estado havia prometido recorrer mais uma vez. Isso indica que, muito provavelmente, vem aí mais uma terceirização ‘nas coxas’ e às pressas, com outra OS o substituindo o papel principal de vilã da saúde pública em Cubatão. Na direção dessa trama amadora, como sempre, a prefeitura.

Qual será o próximo capítulo dessa novela de mau gosto?