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25/10/2017     nenhum comentário

Prefeitura de Canoas (RS) afasta OS de três unidades após problemas no atendimento

Irregularidades vão desde a falta de remédios básicos, até a falta de higiene e contratações precarizadas de funcionários

ps-canoas

A Prefeitura de Canoas, no Rio Grande do Sul, fez o que a prefeitura de Santos não tem coragem de fazer: após  denúncias de falta de medicamentos, má higienização hospitalar e relações de trabalho precárias, mandou a organização social contratada se retirar da gestão de unidades.

As mudanças ocorreram no último dia 18, no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e nas UPAs Caçapava e Rio Branco. O governo rompeu o contrato com o Grupo de Apoio à Medicina Preventiva (Gamp). Com isso, a  administração dessas unidades de saúde passa a ser de responsabilidade do Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev), que foi o segundo colocado na licitação realizada em 2016.

No entanto, o Hospital Universitário (HU) e quatro Centros de Atenção Psicossocial (Caps) de Canoas continuam sob gestão do Gamp.

Como se vê quase tudo na rede de saúde municipal de Canoas é terceirizado para OSs. O prefeito erra mais una vez em insistir no modelo de gestão, achando que basta trocar as peças do jogo, quando urge trocar de vez o tabuleiro todo.

“Contratamos uma auditoria e acabamos chegando neste acordo”, informou, em nota, o prefeito Luiz Carlos Busato.

Em nota, o Gamp admitiu os problemas, mas justificou que “enfrentava dificuldades no recebimento dos repasses”. Não ficou claro se tais dificuldades foram por problemas nas prestações de contas ou por baixa no caixa da Secretaria de Saúde.

Condições de trabalho 

A falta de medicamentos e de insumos nas instituições foi denunciada em maio deste ano pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Médicos, funcionários e pacientes relatavam falta de itens básicos, como paracetamol (analgésico), soro fisiológico, antibióticos e fraldas.

Dossiê elaborado pelo Simers mostra cópia de um grupo de WhatsApp composto por médicos e funcionários do HPS. No grupo, eles avisam sobre a falta de remédios, e inclusive são postadas orientações sobre substituição de medicamentos devido à escassez.

Conforme denúncia feita pelo Simers, além da falta de medicamentos, lixo comum era misturado ao lixo hospitalar e as relações de trabalho estavam precarizadas, já que os funcionários não eram celetistas e, conforme o sindicato, não tinham direitos trabalhistas.

Também houve relatos de atraso de salários e de demissões de médicos.

Durante a vigência integral do contrato, a prefeitura repassava, mensalmente, R$ 16 milhões para que a Gamp fizesse a administração dos hospitais, das duas UPAs e dos Pronto-Atendimentos. O contrato é de cinco anos.

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