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30/08/2016     nenhum comentário

Prefeito manda dizer que UPA da Zona Leste não será terceirizada; mais uma promessa em época de eleição?

Servidores da unidade agora querem uma reunião com Paulo Alexandre para obter o compromisso pessoalmente e por escrito.

 

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Por meio do secretário adjunto de Saúde de Santos, Dênis Vallejo, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) disse que não há, por enquanto, a intenção de transferir para Organização Social (OS) a gestão da futura UPA da Zona Leste, unidade que substituirá o PS da Zona Leste.

A mensagem foi enviada aos servidores e aos diretores do SINDSERV na tarde da última quinta-feira (25), no fim de uma reunião na Secretaria Municipal de Saúde. Estiveram presentes o secretário Marcos Calvo e o chefe do Departamento Hospitalar de Santos, Marcos Sérgio Neves Duarte.

Durante todo o encontro, Calvo e Duarte deixaram claro que não poderiam garantir qual tipo de gestão seria implantada na futura unidade. Somente no final da reunião é que chegou o recado vindo do gabinete do prefeito de que a terceirização está descartada.

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Independente do recado de última hora, os trabalhadores continuam em alerta e exigem uma reunião com o prefeito para que o compromisso seja oficializado pessoalmente e por escrito. Eles estão há semanas tentando obter respostas concretas sobre o futuro profissional da categoria depois que o atual prédio do PS-ZL for substituído por outro reservado para a UPA.

Com isso, uma nova reunião deverá ser marcada, desta vez com a presença do chefe do Executivo.

Enquanto isso não acontece, os problemas continuam sendo apontados no imóvel apelidado de “puxadinho”, onde será montado de forma capenga o PS-ZL enquanto a nova UPA estiver sendo construída. Serão no mínimo dois anos em um local inseguro, menor e sem a estrutura adequada para o atendimento de urgência e emergência.

Menos tipos de procedimentos a serem realizados e um menor número de leitos estão entre as principais queixas dos trabalhadores. Atualmente o PS possui 16 leitos, sala de radiografia, ortopedia e pediatria, além de uma sala de emergência com uma cama e capacidade de alocar outras 5 macas. A nova unidade conta com 4 leitos, e apenas os serviços de enfermagem, clínica geral e pediatria.

Não haverá setor de Raio X, ortopedistas ou técnicos de imobilização. Pacientes que chegarem na unidade precisando deste tipo de serviço serão encaminhados para o PS Central, ao lado da Santa Casa, que atende no sistema chamado de ‘porta fechada’ (apenas por encaminhamento, sem acesso direto do público).

Só para abrir as portas de um serviço meia-boca e em condições improvisadas, a Prefeitura vai gastar mais de R$ 1 milhão, entre locação e reforma do prédio provisório. Ou seja, foi gasto uma soma enorme para reformar um prédio velho, onde a população sofrerá por no mínimo dois anos com menos serviços e atendimento improvisado. (Veja aqui os impactos no atendimento nesse período)

Depois disso, serão gastos mais R$ 5.595.883,73 para a construção da futura UPA que substituirá o atual PS da Zona Leste. Neste valor não constam os montantes de possíveis aditamentos do contrato com a empreiteira.

Resta saber se a mensagem dada na última sexta de que a UPA não será terceirizada é mais uma promessa vazia deste governo para ganhar tempo em época de eleição. Se assim for, todo esse investimento gigantesco vai servir para custear uma unidade novinha em folha e entregá-la de mão beijada para uma empresa lucrar com dinheiro público. E o atendimento vai piorar, como aconteceu na UPA central.

 

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