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22/12/2021     nenhum comentário

OSs NA SAÚDE: OPERAÇÃO INVESTIGA DESVIOS DE R$ 40 MILHÕES EM SÃO VICENTE

7 pessoas foram indiciadas por desvio e outros crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos

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Uma vida de luxo e outras extravagâncias bancada pelo dinheiro público da Saúde em contratos de terceirização nas cidades de Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Hortolândia, São Vicente e Cajamar. Assim os responsáveis por uma organização social levavam o dia a dia, enquanto os serviços médicos para a população eram realizados aos trancos e barrancos.

É o que mostra uma operação da Polícia Federal, que nesta quarta (22) indiciou 27 pessoas por desvio de R$ 40 milhões de recursos públicos da saúde.

A Operação Contágio levantou informações sobre o modus operandi de uma verdadeira organização criminosa que pratica há anos lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, superfaturamento em fornecimento de medicamentos, fraude em licitação e uso de documento falso.

De acordo com os investigadores, até a tarde desta quarta (22) , dois médicos estão foragidos e outros dois indiciados estão presos preventivamente por ordem do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. O Superior Tribunal de Justiça negou diversos habeas corpus impetrados pelos indiciados.

Mais de duzentas páginas compõem o relatório da PF sobre a investigação, que durou quase dois anos e ouviu mais de 40 pessoas.

Segundo as autoridades, a Organização Social havia sido constituída com documentos fraudulentos que permitiram que ela fosse contratada por diversos municípios. O presidente era um jovem veterinário de 28 anos, mas a OS era efetivamente controlada por diversos médicos.

De acordo com a PF, os integrantes da OS sacaram cerca de R$ 20 milhões em espécie com a escolta armada de um guarda civil municipal e sua esposa. Em um dos saques, acompanhado pela PF, foi possível observar que o guarda esperou dentro do veículo enquanto sua esposa entrou em uma agência bancária em São Roque, no interior de São Paulo.

Após o saque, a mulher se dirigiu a outro veículo, que então foi seguido por seu marido.

A estimativa é que mais de R$ 40 milhões foram desviados destes contratos no período.

A operação sustenta que uma grande quantidade de valores foi transferida para outras empresas controladas pelo grupo. Inclusive, a investigação apontou que uma grande reforma na residência de um casal de médicos era paga com o dinheiro desviado. O imóvel está avaliado em mais R$ 5 milhões e havia sido adquirido em maio deste ano.

As duas fases da operação foram deflagradas em abril e novembro deste ano, quando foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão.

Foram apreendidos mais de R$ 700 mil em espécie nos endereços dos alvos, sendo que boa parte foi encontrada escondida em um escritório bunker da própria OS.

Além disso, uma lancha e diversos veículos de luxo foram apreendidos. A Justiça Federal também determinou o sequestro de imóveis localizados em condomínios fechados de alto padrão na região metropolitana de São Paulo e em uma praia de Ubatuba, no litoral paulista.

Segundo o relatório da PF, os integrantes da organização criminosa levavam vidas luxuosas com os valores desviados da saúde pública e ostentavam suas mansões, carros esportivos, lancha, armas e pilhas de dinheiro em fotos e vídeos encontrados pela Polícia Federal. Um dos relógios apreendidos vale cerca de R$ 90 mil.

O nome da OS não foi informado.

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