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28/08/2017     nenhum comentário

OS Revolução atrasa pagamentos de funcionários da saúde de Caçapava

Trabalhadores fizeram protesto na semana passada para exigir benefícios em dia

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Trabalhadores das unidades de saúde terceirizadas pela Prefeitura de Caçapava estão comendo o pão que o diabo amassou. A Organização Social de Saúde Revolução, a mesma Organização Social (OS) que atuou em Cubatão, está dando calote na categoria. Benefícios como vale-transporte e vale alimentação não estão sendo pagos.

Para denunciar o desleixo com que a saúde está sendo tratada, os terceirizados se manifestaram na frente da Secretaria de Saúde do Município na última quinta-feira (24).

Sabemos que quando os governos contratam OSs, o fazem não para modernizar os serviços, como gostam de dizer em seus discursos ensaiados. Eles terceirizam porque não querem aumentar os gastos com a folha de pagamento composta por servidores. Eles são punidos (com base na Lei de responsabilidade Fiscal) pelos órgãos de controle se ultrapassarem os limites fixados pela legislação. Então, ao invés de cortar cargos comissionados de confiança, os prefeitos apostam na terceirização. Eles sabem muito bem que as OSs contratam uma força de trabalho precarizada e explorada.  Nessa modalidade administrativa atrasos, retirada de direitos e outros absurdos são questões de tempo nos contratos firmados.

Na Baixada Santista e no Brasil inteiro exemplos semelhantes têm servido de vasto material para a própria imprensa, que noticia mas não analise a real causa do colapso nas unidades. Isso quando não são descobertos outros tipos de absurdos, como desvios de dinheiro da saúde pública para beneficiar empresários que, por sua vez, beneficiam de alguma forma os agentes públicos em altos cargos no toma lá dá cá tradicional na política brasileira.

No caso de Caçapava, a OSS Revolução é a terceirizada da prefeitura responsável pelos serviços de recepção, limpeza e enfermagem dos 17 postos de saúde da cidade.

Conforme matéria publicada no site G1, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo (Sindsaúde), os benefícios não são pagos há dois meses. A OSS, segundo a entidade, tem 206 funcionários nos postos.

Esse tipo de situação vem acontecendo desde 2013, inclusive com a realização de greves, como pode ser conferido no link abaixo. Na época já era a OSS Revolução que administrava as unidades.

Funcionários da rede de saúde em Caçapava entram no 3º dia de greve

A empresa admitiu o atraso e culpou a Prefeitura. A OSS disse, em nota, que espera “receber o repasse da Prefeitura de Caçapava, para normalizar os pagamentos pendentes”.

Por sua vez, a administração negou que esteja em débito com a terceirizada e informou que já havia pedido que a OSS pagasse os funcionários ainda na quinta-feira passada.

O governo também afirmou que abriu uma licitação para substituir a empresa na cidade. Vai trocar seis por meia dúzia, como ocorreu em outros municípios. O problema é o modelo de gestão que não dá certo por uma simples razão: OSs visam lucro. Elas economizam ou desviam dinheiro público da saúde para bancar os ganhos econômicos de seus diretores. Enquanto isso, a população e os trabalhadores que se estrepem.

 

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