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25/06/2018     nenhum comentário

OS ligada à Usiminas recebe enxurrada de queixas sobre Hospital de Cubatão

Durante audiência pública realizada na semana passada, ficou claro que o serviço não está a contento

Conforme noticiou o Jornal A Tribuna de Santos, na última quarta-feira (20), o Hospital de Cubatão está recebendo muitas críticas desde que foi reaberto, de forma terceirizada, pelo braço social da Usiminas, a Fundação são Francisco Xavier.

Usuários estão enfrentando dificuldades para ter acesso aos serviços. Segundo queixas apresentadas em audiência pública, exames, internações e cirurgias não ocorrem em número suficiente. Vereadores dizem acreditar que as metas pactuadas não estão sendo totalmente cumpridas.

A reportagem ouviu pacientes que corroboram as suspeitas.

materia-cubatao-at

O Hospital é gerenciado por meio de uma espécie de parceria público privada entre a entidade ligada à siderúrgica e a Prefeitura de Santos. O problema é que o Hospital Municipal foi inaugurado com apenas 60% dos leitos destinados aos usuários do SUS. Os demais serviços são reservados apenas para quem tem convênio.

Na época em que a PPP estava sendo formalizada, o Ataque aos Cofres Públicos alertou que essa modalidade de gestão traria dois atendimentos distintos: um com bom nível de qualidade para quem pode pagar, outro capenga para quem não tem convênio. Com apenas 75 leitos para a população SUS, o acesso seria mais restrito do que era antes do hospital municipal fechar.

É o que parece estar acontecendo! Esta não é a primeira vez que as reclamações vem à tona. Veja aqui mais informações.

Lembramos que o equipamento é vítima de uma série de terceirizações de gestão. Duas OSs passaram pelo serviço durante os mandatos de Márcia Rosa (PT), deixando um rastro de dívidas e de problemas.

Abaixo a reportagem do Jornal A Tribuna, publicada no último dia 20:

Vereadores discutem em audiência problemas no Hospital de Cubatão
Direção da unidade será questionada a respeito de reclamações sobre o atendimento

Aos 99 anos, Maria Eroni Bezerra da Cunha sofreu um acidente doméstico na casa onde mora com a família, na Ilha Caraguatá, dia 10 de junho. Levada à UPA do Parque São Luiz, foi constatada a fratura na cabeça de um dos fêmures. Os médicos tentaram interná-la no Hospital Municipal de Cubatão. Mas não havia vaga pelo Sistema SUS, que reserva 75 leitos nesse hospital.

O caso de Eroni – ocorrido há 11 dias – resultou em manifestações do Conselho Municipal de Saúde de Cubatão e de vereadores da Cidade, que se mobilizaram para questionar a direção do hospital.

Por iniciativa do presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, Jair do Bar (PT), os vereadores fizeram ao superintendente do hospital, Abner Moreira – responsável pelo contrato de gestão entre a Fundação São Francisco Xavier e a Prefeitura – uma série de questionamentos sobre diversas reclamações acerca de internações, exames ambulatoriais e cirurgias, entre outros tipos de serviços oferecidos pela unidade.

Segundo Abner Moreira, a FSFX cumpre o especificado em contrato. Desde a reabertura, em dezembro de 2017, o Hospital Municipal já realizou 519 partos, 1.913 internações, 148.433 exames laboratoriais, 2.563 serviços obstétricos, 375 cirurgias e 16.906 serviços de imagem. Ele afirma que a taxa de ocupação é de 70,27%, sendo a média de permanência de 5,41% e a taxa de mortalidade de 5,5%.

Números baixos

Rafael Tucla (PT) questionou alguns números apresentados, que, segundo ele, são baixos levando em conta as metas contratuais estabelecidas entre a municipalidade e a Fundação. Ele também criticou a demora no atendimento na unidade e defendeu a presença de um médico regulador no local para aferir a qualidade dos serviços prestados à população.

Toninho Vieira (PSDB) disse que recebe diariamente denúncias de moradores sobre casos de negligência no Hospital Municipal. O vereador comentou que tem dificuldade de enxergar no cotidiano os números apresentados pela FSFX.

Alguns dos pontos mais abordados pelos vereadores foram os atrasos na realização de exames laboratoriais, cirurgias eletivas e nos atendimentos na emergência no hospital, além da falta de remédios nos unidades básicas de saúde e os problemas na remoção de pacientes.

As queixas vieram dos vereadores Lalá (SD) e Ivan Hildebrando (PSB), membros da Comissão Permanente de Saúde. E também de Marcinho (PSB), Wilson Pio (PSDB), Toninho Vieira (PSDB), Aguinaldo Araújo (PDT), Sérgio Calçados (PPS), Rafael Tucla (PT) e Ricardo Queixão (PDT). que acompanharam a audiência.

Serviço ao consumidor

Abner Moreira admitiu que o Serviço de Relacionamento com Cliente (SAC) do Hospital Municipal precisa ser mais divulgado. O SAC atende presencialmente, de segunda a sexta-feira, de 7h30 às 11h30 e 13h às 17 horas ou pelo telefone 3388-4914.

 

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