denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
04/08/2016     nenhum comentário

OS é acusada de rombo de R$ 45 milhões em Hospital de Baurueri

Hospital Municipal Dr. Francisco Moran passa por intervenção desde março, em razão de crise instalada pela organização social Instituto Hygia

hosp_barueri

As mazelas da terceirização de hospitais públicos se multiplicam em exemplos de que a modalidade de gestão por publicização é um fracasso retumbante do SUS.

Em Barueri, no interior de São Paulo, não tem sido diferente. O Hospital Municipal Dr. Francisco Moran passa por intervenção desde março, em razão de crise instalada pela organização social Instituto Hygia, conforme publicou no mês passado o Jornal Folha de Alphaville. A intervenção ocorreu por conta de supostas irregularidades no contrato com o Instituto Hygia, que administrou o local até o último dia 27 de julho.
O valor do rombo administrativo que a Organização Social (OS) pode ter dado aos cofres do hospital é estimado em até R$ 45 milhões. O relatório final que está sendo elaborado pelo interventor, Ricardo Neves de Souza e sua equipe, ainda não foi finalizado e por isso a prefeitura decidiu aumentar o período dessa intervenção até setembro.

Conforme declarou ao jornal no dia 8 de junho, o coordenador da Saúde na intervenção, doutor Fernando Juliani, assinalou que o valor ainda vai ser relatado pelo interventor. “Não posso afirmar, mas o que prevemos é que seja em torno disso (R$ 45 milhões). Esse rombo vem de um processo de má gestão. Ele é ocasionado por uma série de fatores que vão desde adequar os processos de serviços do hospital, passam pelo inchaço de funcionários e também pela política adotada pelo Instituto Hygia. Eles acumularam dívidas. Fizeram acordos e não pagaram fornecedores. Foi um processo de gestão interna equivocado.”

De acordo com Juliani, entre as principais falhas estão a má gestão, a falta de recolhimento de impostos e o não cumprimento das metas estabelecidas em contrato.

“Quando assumimos o HMB, no dia 8 de março, os médicos estavam sem receber desde outubro de 2015. Pagamos de outubro a janeiro de imediato. O mês de fevereiro pagamos em duas vezes e agora está organizado. Os repasses das verbas da prefeitura sempre foram pontuais. Temos um entendimento de que não deve haver uma continuidade dessa OS e por isso estamos fazendo um novo chamamento (licitação). O problema é que não sabemos se vamos ter interessados em participar porque estamos em final de mandato administrativo (prefeito).”
“Se o instituto não tivesse feito o que fez – má gestão, falta de recolhimento de impostos, ter inflado o valor da hora do médico – esse valor (de repasse) de pouco mais de R$ 11 milhões/mês daria, mas uma série de equívocos nos levaram até a situação atual”, afirma Juliani.

Para José Erivalder Guimarães de Oliveira, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), “o instituto Hygia mostrou plena incompetência técnica e uma série de irregularidades todas apresentados ao sindicato. Não é possível que a prefeitura vá manter contrato com esse grupo, que é completamente irresponsável”, disse na época Oliveira.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *