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06/04/2018     nenhum comentário

Marcha da Saúde contra terceirizações e por mais valorização dos servidores ocupa ruas em Vitória (ES)

Servidores do Estado protestaram contra arrocho salarial, desmonte da saúde e avanço da entrega de serviços à iniciativa privada

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Contra a política de desmonte da saúde, terceirizações e também contra o arrocho salarial, servidores públicos e militantes de movimentos sociais ocuparam avenidas do Centro de Vitória, no Espírito Santo, nesta quarta-feira (5).

Batizada de Marcha da Saúde, a atividade foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado (Sindsaúde-ES). Os trabalhadores não aceitam o reajuste de 5% anunciado nessa semana pelo governo Paulo Hartung, depois de quatro anos de arrocho salarial.

O manifestantes também denunciaram a terceirização dos hospitais estaduais, que, depois de sucateados, estão tendo suas gestões repassadas a Organizações Sociais de Saúde (OSs) desde 2009 a valores contratuais milionários, sem transparência e sem eficiência.

Os trabalhadores tiveram dose extra de indignação diante do reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa para cúpula do Executivo (governador, vice e secretariado), que terão seus salários reajustados em 18% a partir de 2019.

Cerca de mil pessoas participaram de uma caminhada até o Palácio Anchieta.  Apoiaram o ato os sindicatos que representam categorias como enfermeiros (Sindienfermeiros), psicólogos (Sindpsi-ES), servidores do Judiciário (Sindijudiciário-ES), servidores da administração indireta (Sindipúblicos), policiais civis (Sindpol-ES). Os movimentos sociais, por sua vez, estavam representados pelo movimento estudantil, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras, pela Federação de Associação de Moradores do Estado (Famopes), Movimento Quilombola do Norte do Estado, entre outras.

O Jornal Século Diário cobriu o protesto e detalhou o ataque que vem sendo registrado contra a saúde pública e em favor de empresas. Veja um trecho da matéria, ou clique aqui para ler a íntegra:

Recursos públicos para empresas
O Sindsaúde-ES e outras entidades da sociedade civil vêm, há anos, denunciando os riscos das terceirizações de serviços públicos essenciais, como o caso da Saúde. Estudos acadêmicos também demonstram que os gastos com as empresas privadas que gerem os hospitais estaduais são maiores, sem garantia de ampliação e melhoria do serviço.
Segundo estudo de Fabiana Turino, atualmente doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), entre 2009 a 2015, o repasse de recursos do governo para as OSs foi de R$ 518,7 milhões, com custo médio de R$ 232 para cada atendimento. Já os hospitais sob administração direta receberam R$ 252,5 milhões e apresentaram custo médio por atendimento de R$ 84.

Casos como o do Hospital Infantil de Vila Velha (Heimaba) alcançaram repercussão nacional neste ano, quando a OS IGH, que administra a unidade, improvisou leitos para bebês em cadeiras de plástico e permitiu que mães e crianças dormissem no chão do hospital por falta de leitos.
Para a presidenta do Sindsaúde, Geiza Pinheiro, as OSs substituem servidores de carreira por trabalhadores inexperientes que recebem salários abaixo da média, com a clara intenção de redução de custos. Segundo ela, a bandeira do Sindicato é defender um modelo público de saúde, que, para funcionar, precisa de investimentos, atenção e responsabilidade dos governos.

“A terceirização tem pressionado os servidores e desviado recursos públicos para empresas privadas. Recursos que poderiam ser bem administrados pela própria Secretaria. Mas parece que eles atestam a própria incompetência entregando esse trabalho à iniciativa privada”.
Os representantes de outras categorias também fizeram discursos durante a Marcha, destacando a necessidade de investimentos em áreas, como Segurança Pública. Na Polícia Civil, por exemplo, foi denunciado o fechamento de delegacias.

Veja abaixo vídeo sobre a marcha:

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