FUABC deixou hospital de Osasco sem detetização por anos

Os rastros que a terceirização dos serviços públicos costuma deixar nos locais onde se instala são sempre muito ruins: demissões, dívidas trabalhistas, execuções e protestos junto à fornecedores, sucateamento de unidades, direitos de cidadãos negligenciados, desvios ou desperdício de recursos públicos, entre outros.

Mas há OSs que, além de tudo isso, ainda deixam nos prédios que ocuparam rastros de insetos, baratas, ratos…

Foi o que aconteceu literalmente no Hospital Antônio Giglio, em Osasco, que era gerenciado pela Fundação do ABC. De acordo com o site Osasco Notícias, depois que a a OS saiu da unidade, a Prefeitura descobriu o motivo de tantas reclamações de pacientes e acompanhantes sobre infestação de insetos nas dependências do hospital: a dedetização do local não havia sido feita nenhuma vez desde que a entidade se tornou responsável por gerir o hospital (período que compreende mandatos de dois prefeitos)

“A prefeitura recebeu nos últimos anos diversas reclamações sobre a limpeza e presença de insetos nas dependências do hospital. Visando melhorar o atendimento e o serviço neste sentido a nova gestora já agendou a dedetização no local, que não foi feita nenhuma vez pela Fundação ABC, responsável por gerir o hospital desde a gestão Lapas e que teve o contrato encerrado na gestão Lins”, publicou o veículo.

O prefeito Rogerio Lins, no entanto, não parece ter aprendido a lição e manteve o mesmo modelo de gestão. No início do mês outra OS assumiu. Novos rastros de prejuízos surgirão.

FUABC

Gestora do hospital em Osasco desde 2015, esse ano a FUABC perdeu a chance de ter o ajuste renovado. “Os valores altos pagos à Fundação do ABC não correspondem ao serviço prestado”, justificou Lins.