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29/12/2017     nenhum comentário

Hospital do Rio passa a ser administrado por empresa pública e OS é multada

Iabas é multada em R$ 28 milhões por descumprir metas

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O Hospital Rocha Faria, na zona oeste do Rio de janeiro, passará a ser administrado por uma empresa pública de saúde, a Rio Saúde. A  informação foi confirmada pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella, nesta quinta-feira (28).

Ele explicou que a rescisão do contrato com a Organização Social (OS), antiga gestora da unidade, já foi publicada no Diário Oficial e o prazo para transição é de 45 dias.

A Prefeitura do Rio ainda comunicou que, além do descredenciamento, a OS Iabas foi multada em quase R$ 28 milhões por não ter cumprido determinações previstas em contrato.

Pacientes da unidade de saúde denunciam desde novembro condições precárias de atendimento. Como mostrou o RJTV, com a crise, chegou a faltar café da manhã e almoço para doentes e funcionários. Outros problemas como falta de medicamentos também foram denunciados. Apesar do argumento do prefeito do aumento do movimento, com a crise, o hospital registrou queda de 63% do número de pacientes.

Questionado sobre o motivo de ter deixado o hospital Rocha Faria chegar nessa situação para romper o contrato, o prefeito afirmou que a demora se deve aos trâmites previstos em contrato. “Para cumprir a regra do contrato. Tivemos que seguir todas as etapas para na judicializar a questão, culminando nesta de hoje.”

Com relação à falta de repasses alegada pela OS Iabas, o prefeito do Rio afirmou que os valores cobrados serão discutidos e que a Rio Saúde vai receber os mesmos valores do contrato com a OS para administrar o Rocha Faria. São R$ 233 milhões para 24 meses de contrato, uma média de R$ 10 milhões por mês.

Modelo não funciona

O médico e vereador Paulo Pinheiro (PSOL), membro da comissão de Saúde da Câmara Municipal, criticou a gestão do município na área de saúde. Segundo ele, o modelo de terceirização na saúde não funciona.

— O que aconteceu com o Rocha Faria revela que o modelo adotado pelo município faliu. Sabemos que a receita do município caiu em 2017. Isso é verdade. Mas faltou gestão, faltou prefeito. Ele não poderia cortar dinheiro da saúde porque isso mata pessoas. Morreu gente no Rio por falta de médico e atendimento — afirmou Paulo Pinheiro.

A administração da rede municipal de saúde do Rio é dividida entre Organizações Sociais (OSs) que controlam 52% das unidade e a Prefeitura do Rio, responsável pela gestão de 48%.

— O modelo terceirizado é caro. O contrato com a Iabas de dois anos (24 meses), só terminaria em 2018. Ele previa um repasse total de R$ 233 milhões, algo em torno de R$ 9,5 milhões por mês. É muito caro e está provado que não tem resolvido — afirmou Paulo Pinheiro.

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