denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
02/08/2017     nenhum comentário

Hospital de Mauá, controlado pela FUABC, será alvo de auditoria

Esforço é para enxurgar gastos; mas há informações de que demissões seguidas de novas contratações emergenciais por indicações políticas estão por vir.

nardini

Uma auditoria para detectar irregularidades e gastos desnecessários será realizada no Hospital Municipal Doutor Radamés Nardini, em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo. O hospital é gerido pela organização social Fundação do ABC e a auditoria, acreditem se quiser, será coordenada pela própria empresa.

Jogo de cena? Um acordo costurado com a Prefeitura para dar a impressão de que há um esforço para controlar o uso do dinheiro público?

Não se sabe. O fato é que oficialmente a tarefa é encontrar as “gorduras” do contrato e queimá-las para economizar o dinheiro da saúde municipal.

Mas, segundo matéria do Jornal Diário do Grande ABC, nos bastidores o importante é seguir com o projeto de demissões de trabalhadores (seriam 700 extraoficialmente nas áreas administrativas e operacionais) para dar lugar a uma reposição mais adiante, com contratações emergenciais por indicações políticas. Oficialmente, a FUABC confirma a demissão de 25 profissionais, justificando que as dispensas miram o enxugamento de gastos.

A conferir.

Vale dizer que o anúncio de auditoria no Nardini se dá em meio a denúncias feitas por alguns demitidos que alegam ter sido dispensados sem receber os devidos direitos trabalhistas.

Osasco

Em Osasco, no outro extremo da região metropolitana de São Paulo,  a Fundação do ABC foi dispensada da gestão do Hospital Antonio Giglio quando o contrato expirou, em abril. A Prefeitura não renovou alegando que o custo do Hospital Municipal era muito alto,  enquanto as queixas de restrições no atendimento eram grandes.

O próprio secretário de Saúde, José Carlos Vido, fez diversas críticas à OS. “Não atende a nossa demanda. Recebo muitas reclamações dos vereadores de que pacientes internados, com enfarto, com AVC, em Pronto Socorros, não conseguem entrar no hospital”, declarou Vido em abril.

O Governo, no entanto, segue na linha dos demais administradores adeptos do modelo de gestão terceirizada. Trocará o remédio que não deu certo por outro de mesmo princípio ativo, para tratar a mesma doença. Assim, assumiu nesta terça-feira (1º) a OS Instituto Social Saúde Resgate à Vida (ISSRV), em caráter emergencial.

E vem mais OSs por aí, conforme anunciou o secretário Vido à imprensa local. “Estamos em fase final no processo de licitação para terceirização das outras UPAS e Prontos-Socorros, e segue em andamento o processo de terceirização do SAMU e do Centro de Especialidades Odontológicas. Com esses avanços tenho certeza que, brevemente, nossa rede irá atender muito bem aos osasquenses e vamos ter uma Saúde, de fato, renovada em Osasco”.

Assim, praticamente toda a rede municipal de assistência em saúde da Cidade estará em pouco tempo na mão de empresas.

Ao reforçar e ampliar irresponsavelmente o mesmo modelo de gestão que terceiriza e precariza um serviço que constitucionalmente é dever do poder público, Osasco apenas prolongará e aprofundará os problemas existentes na assistência.

Até que os pacientes entendam isso na prática e resolvam reagir, muito dinheiro já terá ido para o ralo da ineficiência e da corrupção.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *