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13/07/2016     nenhum comentário

Hospital de Cubatão: “Só nos resta esperar a morte!”, dizem em manifesto funcionários

Após 30 dias de greve, trabalhadores divulgam manifesto denunciando a precariedade do hospital que será alvo do terceiro contrato emergencial como a mesma OS.

greve-hospitalataque

Os funcionários terceirizados do Hospital Municipal de Cubatão, gerido pela Organização Social AHBB, continuam paralisados. Nesta quarta-fera (13), a greve completa 30 dias.

Neste mesmo dia também vence o contrato emergencial com a mesma OS, que já havia sido renovado pela Prefeitura em abril passado. Ao que tudo indica, o terceiro contrato emergencial será firmado.

Um claro sinal de que a política irresponsável de terceirização da saúde que tantos prejuízos trouxe à cidade continuará sendo a aposta da administração.

A prefeita Márcia Rosa (PT) esteve na manhã desta quarta-feira (13) no hospital e há a expectativa de que os trabalhadores recebam enfim os salários atrasados.

Caso a previsão se confirme e se voltarem aos seus postos, os funcionários ainda terão muito trabalho para fazer até retomar os serviços em sua totalidade, uma vez que a falta de condições de trabalho e a carência de insumos perdura.  E o que é pior: com a perspectiva dos pagamentos voltarem a atrasar num futuro próximo.

Pelo menos é o que relata um manifesto dos próprios funcionários da AHBB, divulgado ma noite do último dia 10 de julho. No texto eles denunciam a precariedade do Hospital.

Veja o que diz o manifesto:

ACORDA CUBATENSE

NÓS QUE TRABALHAMOS, PAGAMOS IMPOSTOS E NÃO TEMOS A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DECENTES

Há anos nossa cidade vem sendo saqueada, cada dia maior o rombo, maior os gastos indiscriminados realizados por aqueles que nos prometeram zelar pelo dinheiro público e cuidar de nossa cidade. A maioria daqueles que deveria fiscalizar os gastos tornaram-se coniventes, deixando nossa cidade a mercê da falência. No Hospital Municipal todos os cargos de chefia são ocupados por pessoas de outras cidades (não temos cubatenses qualificados?). Caso você necessitar de um atendimento no Hospital Municipal vai se deparar com a pior situação já vivenciada por aqueles que ali trabalham há anos e hoje não conseguem exercer suas atividades de forma qualificada e respeitosa (funcionários sem salário, consequentemente sem condições físicas e psicológicas para trabalhar).

Nosso Hospital Municipal está num caos e mesmo assim a administração insiste na mentira de que está tudo bem! Mentiras, puras mentiras. Aquele que quiser conhecer nossa realidade basta apenas realizar uma visita hoje no hospital.

Um hospital que recebia cerca de 300 pacientes, hoje tem apenas 12 no total. Num país onde faltam vagas de UTIs, hoje estamos com duas UTIs vazias, alas de clínica médica, clínica cirúrgica duas especialidades diferentes estão juntas (maior risco de infecção). Cirurgias eletivas não existem mais. Hospital amigo da criança não saiu do papel (mesmo recebendo verbas do Governo do Estado para isso), médicos especialistas que tínhamos não existem mais (neurologista, médico de cabeça e pescoço, urologista, oftalmologista, entre outros – tem um médico generalista que responde por todas as especialidades), falta materiais básicos para curativos, remédios básicos não tem (familiares estão comprando fraldas, remédios e outros itens necessários). Alimentação não tem (nem para os pacientes e nem para os colaboradores – meses comendo ovos ou salsicha).

PORTANTO HOJE O CUBATENSE NÃO PODE ADOECER!

OS RECURSOS QUE VIERAM PARA A NOSSA SAÚDE SUMIRAM!

SÓ NOS RESTA ACEITAR A MORTE!

 

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