Greve dos terceirizados do Hospital de Cubatão continua

Enquanto o PS Municipal de Cubatão é alvo de denúncias em cadeia nacional (veja aqui a matéria da TV Record veiculada nesta terça (21/6) de contratação irregular de médicos plantonistas terceirizados pela Organização Social Revolução, o Hospital Municipal é alvo de notícias negativas nos periódicos locais.

Lá o problema é um pouco diferente, mas também decorrente da política de terceirização irresponsável que por anos drenou a custos altíssimos o dinheiro do SUS. Os 430 funcionários terceirizados continuam em greve, pois estão com dois meses de salários atrasados. A organização social (OS) Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) diz que não paga os profissionais porque a prefeitura está em atraso nos repasses previstos em contrato. E por sua vez, a Prefeitura diz que enfrenta uma crise na arrecadação e que não tem dinheiro.

Os salários que deveriam ter sido pagos em junho serão depositados em julho. Já os de maio não se sabe quando, pois em conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) a proposta do órgão, de pagar em cinco parcelas, não foi aceita pelas partes.

Por anos a Prefeitura gastou com OSs no Hospital sem a devida fiscalização do uso do dinheiro. Como a terceirização custa mais caro que a administração direta, já que o intermediário precisa ter lucro, é fácil concluir que milhões que hoje fazem falta foram desperdiçados. Em vez de serem revertidos de forma racional em atendimento de qualidade, foram para entidades atravessadoras e engordaram a conta bancária de seus dirigentes.

A história se repete há anos. E o povo segue em sofrimento.