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17/09/2019     nenhum comentário

Grávida morre durante trabalho de parto dentro de banheira de hospital público terceirizado

Tatiane da Silva já havia passado das 40ª semana de gravidez e deu entrada no hospital para fazer o parto na quarta-feira, 11, mas passou mal. Ela queria fazer cesárea, mas a equipe disse que o parto deveria ser normal.

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Quando terceirizam a gestão de hospitais e demais unidades de saúde, as autoridades dizem que é para dar um salto de qualidade no atendimento. Dizem que é para garantir a excelência e a humanização.

Os fatos mostram o tamanho do engodo contido no discurso. Fatos como este, relatados a seguir, registrado em um hospital público na capital paulista.

O caso ocorreu no Hospital Público Santo Antônio, Zona Leste de São Paulo. Lá uma mulher grávida morreu, no último sábado (14), depois de passar mal durante seu trabalho de parto. O caso ocorreu no banheiro do Hospital, que é gerenciado pela Beneficência Portuguesa de São Paulo. A família da gestante está bastante indignada e acusa acusa os médicos de negligência.

Conforme foi divulgado na imprensa, a mulher, que já tinha completado 40 semanas de gravidez, iria fazer o parto na última quarta-feira (11), quando deu entrada no hospital. Ao longo do trabalho de parto, e mãe passou mal e, mesmo depois de pedir diversas vezes para ser submetida a um parto cirúrgico, via cesárea, a equipe médica do hospital não atendeu, argumentando que o bebê deveria nascer de forma natural.

A paciente foi orientada pelas enfermeiras do hospital a tomar um banho, mas acabou morrendo no banheiro do hospital. Ao ser diagnosticado o óbito, às pressas os médicos foram chamados e então realizaram uma cesariana de urgência. Conseguiram retirar o bebê, que foi encaminhado para a UTI Neonatal e passa bem. Ele é seria o terceiro filho da gestante.

O mais surpreendente é que a Beneficência Portuguesa de São Paulo, que administra o Hospital Público Santo Antônio, não quis se pronunciar. Disse apenas que não comenta publicamente casos envolvendo pacientes. Por sua vez, o hospital informou que entrou em contato com a família da paciente e disponibilizou o prontuário médico, mas os parentes alegam que receberam apenas o atestado de óbito.

Humanização? Excelência? OSs e a terceirização da saúde pública existem apenas para que pessoas e entidades privadas obtenham lucro com recursos do SUS. Dinheiro que deveria servir para fortalecer o serviço público e, não, para desmontá-lo, colocando vidas em risco.

Não é à toa que nos últimos cinco anos a Beneficência Portuguesa, de acordo com uma reportagem da Infomoney,viu sua receita aumentar de R$ 630 milhões em 2012 para R$ 1,5 bilhão em 2017.

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