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21/09/2017     nenhum comentário

Gerido por OS, Hospital de Taquara (RS) teve atendimento suspenso por falta de condições

Médicos terceirizados cruzaram os braços como advertência diante da falta de pagamentos e precárias condições de trabalho

hosp-taquara

Os médicos do Hospital Bom Jesus, em Taquara, no Rio Grande do Sul, suspenderam os atendimentos eletivos e ambulatoriais no último dia 11, como medida de advertência à falta de pagamento das remunerações dos profissionais, atrasadas há quatro meses, e também à falta de insumos e ao desabastecimento constante da farmácia, entre outros problemas.

Somente casos de urgência e emergência foram atendidos. E a categoria não descarta realizar outra paralisação.

Os trabalhadores denunciam que a falta de condições de trabalho é uma constante na atual gestão do hospital, comandada pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (ISEV) desde abril de 2016.

De acordo com o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers), em uma visita realizada na último dia 12, constatou-se que o hospital está sem o diretor técnico no local. Além disso, a farmacêutica responsável havia pedido afastamento da instituição por conta das más condições de trabalho.

E não é só isso. Os sindicalistas destacam que há cerca de 60 dias foi registrada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS) uma série de irregularidades no equipamento terceirizado, como a falta de materiais e medicamentos básicos para o atendimento do dia a dia.

“A ausência de condições mínimas expõe não só o médico, mas também a população que busca o hospital. A definição do corpo clínico de suspender os atendimentos eletivos é justamente uma forma de não se mostrar conivente com essa realidade e de lutar por melhorias, por mais dignidade. Não podemos permitir que essa situação permaneça”, explicou na época a diretora do Sindicato, Gisele Lobato. Ela também conta que os profissionais questionam a falta de transparência na aplicação dos quase R$ 2 milhões recebidos mensalmente pelo Instituto para fazer a gestão do hospital.

E destaca que há uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e o Ministério Público Federal (MPF) contra a Prefeitura de Taquara, o governo do Estado e a ISEV. No processo os MPFs  questionam a legalidade no formato de contratação do Instituto para gerenciar o hospital do município, ocorrida sem licitação.

Eles alegam que o ISEV sequer é qualificado como uma organização social de saúde de fato.

Mais um exemplo do quanto as terceirizações são lesivas para o cofres públicos e para a população. Uma vez substituída, provavelmente a entidade manterá o calote aos médicos e funcionários, aprofundando as dificuldades na saúde de Taquara. Depois, certamente voltará a contratar com outros municípios, talvez até de outros estados. E o ciclo de problemas recomeçará. Como sempre, muito dinheiro envolvido sumindo ou sendo desperdiçado.

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