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28/07/2017     nenhum comentário

Gaeco prende oito pessoas ligadas a OS por desvio de recursos em Criciúma (SC)

Prejuízo para os cofres públicos é de pelo menos R$ 1,5 milhão, segundo Ministério Público.

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Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizada em Criciúma, em Santa Catarina, nesta quinta-feira (28), prendeu oito pessoas ligadas à uma Organização Social que prestava serviços para o Governo do Estado. Uma nona pessoa que também é alvo é considerada foragida.

A investigação aponta que pelo menos R$ 1,5 milhão tenha sido desviado dos cofres públicos pela administração da OS Multiplicando Talentos. A entidade é responsável pela gestão das Casas de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Tubarão e Criciúma e das Casas de Semiliberdade (CASE) de Criciúma e Araranguá.

Dentre as ações da Operação, o Gaeco tinha a cumprir uma prisão preventiva e oito temporárias. Dentre os oito presos,  há pessoas ligadas à presidência da organização social. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos na sede na Multiplicando Talentos e em outros imóveis de investigados.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou o sequestro de bens registrados no nome dos investigados, para garantir o ressarcimento do dinheiro.

Organização criminosa

O coordenador do Gaeco de Criciúma, Gustavo Wiggers, informou que o presidente da Multiplicando Talentos, Eduardo Milioli, deve responder por formação de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Em entrevista coletiva, o promotor explicou que a investigação foi iniciada em 2015, depois que um ex-funcionário fez a denúncia.

“O funcionário procurou o Gaeco e informou irregularidades na gestão da Multiplicando Talentos e na época, reportou a contratação de pessoas e pagamento por meio de cheques indosados pelo presidente da Ong, que sacava e ficava com parte do dinheiro e esse foi o início da investigação”, explicou.

Entre as irregularidades, foram encontrados funcionários fantasmas. Eles estavam fichados como se atuassem  nas Casas de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Tubarão e Criciúma, e nas Casas de Semiliberdade (CASE) de Criciúma e Araranguá. No entanto, em depoimento, alguns deles disseram que nunca foram até esses locais, e que trabalhavam na associação ou na empresa privada de Milioli, a Coach de Talentos.

Essas casas de recuperação de menores são administradas pela associação, em convênio firmado com a Secretaria do Estado de Justiça e Cidadania (SJC).

Casa que seria sede da empresa pode ter sido construída com dinheiro público

A investigação também encontrou uma residência, construída em uma parque privado em Araranguá, para servir como base para a empresa de coaching. No mesmo período da obra, foram emitidas dezenas de notas fiscais de compra materiais de construção, em nome das casas de atendimentos aos adolescentes infratores.

Porém, segundo o promotor Wiggers, nenhum desses locais teve obras consideráveis dentro desse prazo, que pudessem justificar o gasto de, pelo menos, R$ 100 mil.

Além disso, valores destinados às unidades públicas para menores e pagamentos de fornecedores foram achados em contas particulares.

Por causa do nome da entidade a operação recebeu o nome de “Talentos”.

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