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16/01/2015     nenhum comentário

Funcionária filma o estrago que uma OSS gerou em hospital de referência em Goiania

Cansada de ver a unidade sendo sucateada, em 2013 uma funcionária mostrou a situação precária de hospital gravando imagens com um celular. As cenas denunciam atendimento em corredores e consultórios improvisados e equipamento de raio-x quebrado.

São duas as formas mais comuns pelas quais as Organizações Sociais de Saúde (OSS), empresas maquiadas de instituição de interesse público, ingressam no SUS para lucrar com a verba da saúde pública:

  • Os governos deixam hospitais e unidades ficarem sucateados a tal ponto de poderem justificar que precisam da parceria com a iniciativa privada para melhorar a gestão.
  • Os governos constroem/reformam e equipam com verba pública os equipamentos de saúde e os entregam de bandeja para as OSS tomarem conta.

Em Goiana (GO) aconteceu a segunda opção no Hospital de Doenças Tropicais. Criado em 1977, o hospital atuou em vários surtos epidêmicos de doenças graves, como a meningite, difteria, sarampo, febre amarela, tétano, hepatite, leishmaniose, malária, H1N1, etc. Foi considerado um dos nove serviços de referência no país para o tratamento de doenças infecciosas e dermatológicas. Conquistou também o título de referência nacional no tratamento de formas graves de doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV/Aids e as hepatites virais.

Em 2012, passou para a mão de uma OSS, chamada Instituto Sócrates Guanaes (ISG), que depois veio a ser denunciada pelo Ministério Público po diversas irregularidades (Veja aqui). O resultado foi a precarização das condições de trabalho e queda na qualidade do atendimento, conforme mostra matéria feita pelo site G1.

Cansada de ver a unidade sendo sucateada, em 2013 uma funcionária mostrou a situação precária de hospital gravando imagens com um celular. As cenas denunciam atendimento em corredores e consultórios improvisados e equipamento de raio-x quebrado.

Com um celular da TV Anhanguera, a mulher filmou várias cenas de descaso com os pacientes. Assista

Nas imagens, é possível ver placas nas portas com uma tarja vermelha, que deveriam indicar um local onde há um doente que precisa ficar em isolamento. Na época as salas funcionavam também como consultórios, que foram adaptados por conta da falta de leitos especiais.

Em um caderno, há uma lista de pacientes que estão em uma fila de espera por atendimento. Como o hospital não tem leitos suficientes na enfermaria, pacientes doentes são atendidos nos corredores do hospital.

Na sala de raio-x, nenhum dos dois aparelhos funcionam. Exames que deveriam ser feitos no laboratório também estão suspensos.

HDT

A funcionária reclama da estrutura do lugar. “São condições totalmente indignas, tanto para nós, como para os pacientes. Alguns já estão lá aguardando atendimento na emergência, mas não tem local para serem atendidos”, diz.

Por nota, o hospital informou ao veículo que os pacientes estão internados nos corredores e consultórios improvisados devido à falta de estrutura física da unidade, que não passa por uma reforma há 20 anos.

Segundo o comunicado, a situação só será contornada com a ampliação do HDT, que foi recentemente anunciada pelo governo do Estado. Uma verba de R$ 7 milhões já foi liberada pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).

Sobre os aparelhos de raio-x, a direção do HDT esclareceu que já solicitou à Organização Social (OS) responsável pelos serviços que o aparelho seja consertado. Enquanto isso, os pacientes que precisam de exames de imagem eram levados para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa).

A situação acima aconteceu em 2013, mas tem sido um filme repetido em várias outras cidades do Brasil onde as OSS se infiltram. Em Santos o prefeito Paulo Alexandre Barbosa segue na mesma direção. Ele vai entregar o Hospital dos Estivadores novo e todo equipado, pago com seu dinheiro, para uma OSS tomar conta. Você pode ajudar a impedir!

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