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11/09/2017     nenhum comentário

FUABC não paga empresa e doentes ficam dias sem Raio-X em Santo André

Em Santos, a mesma Organização Social voltou a ser manchete, após usuários amargarem espera de mais de 7 horas na UPA

 

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O calvário das pessoas que dependem da saúde pública não tem fim. Nos casos em que as unidades são terceirizadas, além da falta de estrutura, há outros problemas que vivem ameaçando a qualidade e a continuidade dos serviços.

Na semana que passou, tivemos dois exemplos ocorridos no Estado de São Paulo envolvendo a Fundação do ABC. Em Santo André, o martírio dos pacientes e acompanhantes que passaram pela UPA Central foram os exames de Raio X, que simplesmente deixaram de ser feitos.

A organização social FUABC, que administra a unidade, recebeu o dinheiro da Prefeitura, mas não repassou a quantia devida para empresa que ela contratou para fornecer os exames radiológicos.

No último dia 30, o caso foi destaque em jornais locais, como O Metro ABC. A empresa quarteirizada, a Ghenfold, informou que diante da interrupção dos repasses pela FUABC, não lhe restou outro caminho que não parar de operar. Os pacientes eram orientados a buscar outras unidades para fazer o exame. O que foi feito do dinheiro que deveria custear o serviço não ficou esclarecido.

Aqui em Santos, as mazelas da terceirização também abateram uma UPA comandada pela FUABC. Enquanto os moradores de Santo André tinham que peregrinar para fazer exames, os santistas amargavam mais de sete horas de espera para conseguir uma consulta. (Clique aqui para ler a matéria na íntegra)

Revoltados, os usuários acionaram a imprensa, que constatou a excessiva demora no atendimento. No mesmo dia (30 de agosto), a FUABC teve seu nome estampado negativamente em jornais de cidades diferentes.

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A reportagem confirma o que o Ataque aos Cofres Públicos vem mostrando nas várias edições da Ouvidoria Popular realizadas na unidade. É mais uma prova de que o discurso do secretário de Saúde Fábio Ferraz, culpando os pacientes que vem de outras cidades pelos problemas no atendimento, visa apenas maquiar a realidade. A verdade é que a UPA está com equipes reduzidas e é mal gerida pela FUABC, a despeito de estar com os repasses (R$ 19,1 milhões por ano) em dia.

No próximo dia 20, o contrato de gestão celebrado entre a OS e a Prefeitura expira. Até o momento, foram embolsados pela empresa R$ 30,5 milhões em 24 meses.

O Governo já sinalizou que quer renovar a parceria, se possível elevando os valores dos repasses, mesmo com a avalanche de críticas na imprensa.

E os vereadores, que foram alertados sobre os riscos que as OSs e a terceirização da saúde causariam, continuam sem fiscalizar. Eles aprovaram a Lei das OSs em Santos e agora fingem que ignoram os prejuízos que essa decisão irresponsável tem acarretado para os cofres públicos e para a população!

Até quando os santistas aceitarão passivos?

 

OS troca de comando e problemas persistem

A dança das cadeiras na Fundação do ABC foi oficializada no início do mês. Maria Bernadette Vianna, atual presidente da instituição que gerencia unidades de saúde em diversos municípios do Estado, será substituída nos próximos dias.

Sob seu mandato, de apenas seis meses e meio, continuaram os problemas sérios como supersalários pagos a diretores (alguns chegam a ganhar mais do que o governador do Estado) e uma parcela enorme de parentes e apadrinhados políticos.

Chegaram até a Câmara de Mauá denúncias de contratados por indicação política. Eles teriam entrado no lugar de trabalhadores com qualificação técnica, demitidos recentemente, e que até hoje estão sem receber verbas rescisórias.

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Além disso, a Fundação do ABC passou a sofrer ainda mais pressão por conta da piora dos serviços prestados nas prefeituras. Prefeitos de vários municípios se mostraram insatisfeitos com o funcionamento das unidades terceirizadas sob comando da entidade, cujo orçamento de 2017 foi orçado em R$ 2,2 bilhões.

Este ano houve ainda a decisão do prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), de não renovar o contrato com a Fundação para a gestão do Hospital Municipal Central e da UPA 24 horas.

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Em Mauá, o prefeito Atila Jacomussi (PSB) já admite rescindir o contrato para gestão dos equipamentos de Saúde da cidade. Lá a FUABC abocanha quase 60% do orçamento da saúde.

Tanto dinheiro entrando no cofre da entidade não poupa os prefeitos recém-eleitos de terem de administrar o crescimento do número de funcionários terceirizados que cobraram direitos trabalhistas não pagos pela instituição.

Para onde tem ido os milhões que a OS recebe, afinal? Aqueles que querem saber mais detalhes das contas não conseguem. Por essa falta de transparência, a Fundação do ABC foi apelidada de caixa-preta.

Há problemas em unidades de outras cidades povoando os noticiários locais. Apenas em Santos a OS é reverenciada pelo governo, a ponto de estar prestes a renovar o contrato com elevação de valores.

Santos ostenta o lema de “Terra da Caridade e da Liberdade”. Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) faz a Cidade merecer o título de uma forma muito característica dos tucanos: distribuindo caridade e liberdade para empresas e deixando a população com serviços cada vez piores.

 

 

 

 

 

 

 

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