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24/05/2020     nenhum comentário

FUABC: MÃE ACUSA UPA DE CONFUNDIR TUMOR NA CABEÇA DA FILHA COM VIROSE

Luma já está na sexta cirurgia para tentar sobreviver a um grave câncer na cabeça após um mês sendo diagnosticada com virose na UPA Central e em hospitais filantrópicos; somente no PS da Zona Leste teve a atenção e encaminhamento adequados

menina_cancer

 

O site G1 destacou neste domingo a história da pequena Luma, de apenas 4 anos, e sua mãe, Jéssica Fernandes, de 27 anos. A autônoma deu publicidade ao caso para deixar claro como há médicos despreparados nas unidades de saúde da Cidade. Neste caso, fica nítido o descaso comum nos serviços de urgência e emergência gerenciados de forma terceirizada pelas organizações sociais (OSs) ou instituições filantrópicas conveniadas ao SUS. A menina tem um tumor na cabeça e já passou por seis cirurgias.

No entanto, antes de saber o que tinha, a paciente foi diagnosticada como tendo virose por médicos da UPA Central.

Ao ser atendida nos serviços geridos de forma direta (policlínica e antigo PS da Zona Leste), o tratamento foi totalmente diferente.

Abaixo transcreveremos a reportagem:

Mãe acusa médicos de confundirem tumor na cabeça da filha com virose em SP

Luma já está na sexta cirurgia para tentar sobreviver a um grave câncer na cabeça após um mês sendo diagnosticada com virose.

A pequena Luma César Fernandes, de quatro anos, já passou por seis cirurgias para sobreviver a um câncer na cabeça após ter sido, segundo a mãe, sucessivamente diagnosticada com virose por médicos da rede pública de Santos, no litoral de São Paulo.

De acordo com a autônoma Jéssica César Fernandes, de 27 anos, a filha sempre foi uma criança saudável e nunca havia apresentado nenhum sintoma que a fizesse desconfiar da doença. Em junho, porém, a criança começou a reclamar de uma forte dor de cabeça e passou a vomitar com frequência.

“Levei minha filha para hospitais públicos por cerca de um mês e ela foi diagnosticada com virose em todas as vezes. Porém, a dor dela só aumentava. Um dia percebi que ela estava com dificuldade para andar e vi que poderia ser mais grave do que imaginei”, conta.

Isso fez com que a mãe agendasse uma consulta para a filha na unidade de saúde mais próxima. “Da policlínica, a minha filha foi encaminhada de ambulância até a UPA, onde ainda teve que aguardar uma hora por atendimento após a chegada. Quando eu disse que ela estava com fortes dores de cabeça, o médico me olhou, perguntou o que ele poderia fazer e mandou eu ir embora. Foi um descaso”.

Depois de idas e vindas em diversos hospitais públicos do município, a menina foi levada pela mãe ao Pronto Socorro da Zona Leste. Nesse momento, uma pediatra viu a seriedade do assunto e correu atrás da internação de Luma, que foi encaminhada ao Pronto Socorro Silvério Fontes.

No dia 5 de julho, Luma fazia a tomografia que constatou um tumor cerebelar meduloblastoma nível quatro, um dos mais agressivos que existem na região cerebral. Depois, passou por uma série de cirurgias entre julho e agosto, fazendo o 6º procedimento no dia 31 de agosto do ano passado.

“O médico nos disse que a situação era ruim. Mas não irei desistir. Acredito que minha filha irá passar por isso. Só desejo que o sistema de saúde seja melhor no diagnóstico, para que outras crianças não demorem tanto a descobrir a doença. A quimioterapia está sendo difícil, mas ela vai ficar bem”, finaliza.

Secretaria de Saúde
Em nota, a Secretaria de Saúde de Santos informou que vai apurar a manifestação da família junto à Fundação do ABC, gestora da UPA Central, e à Santa Casa de Santos, hospital filantrópico prestador do SUS e referência regional na especialidade de neurocirurgia.

A pasta destaca que a paciente foi atendida por pediatra do Pronto Socorro provisório da Zona Leste, sendo internada nesta unidade para observação e exames. Depois, ela foi transferida para o setor de pediatria do Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, onde recebeu toda assistência da equipe multiprofissional e houve a solicitação de tomografia de crânio para conclusão diagnóstica.

Reafirmamos:

O subfinanciamento do SUS, o desmantelamento dos demais direitos sociais, o aumento da exploração, o acirramento da crise social, econômica e sanitária é reflexo de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão da Saúde por meio das Organizações Sociais é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatida.

Não à Terceirização e Privatização da Saúde Pública! Em defesa do SUS 100% Estatal e de Qualidade!

A Vida acima do Lucro!

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