28/11/2016
nenhum comentário Fim da grana e a revoada das OSs na cultura de São Paulo
A OS Poiesis, detentora de contrato milionário para gerir oficinas culturais em dezenas de cidades do Estado, percebeu que a fonte do Governo do Estado secou e está batendo asas.
Como já dissemos inúmeras vezes aqui no Ataque aos Cofres Públicos, Organizações Sociais (OSs) são movidas a lucro. Como qualquer outra empresa, instalam-se onde há garantia certa de rentabilidade e contratos de gestão polpudos. Vão embora quando as margens não estão a contento e os repasses começam a minguar.
Mas, apesar disso, são descritas de forma cínica pelos gestores interessados em burlar o concurso público e fugir da Lei de Responsabilidade Fiscal como “entidades sem fins lucrativos”.
No Brasil atual da austeridade a todo custo, que amarga com os efeitos da crise do capitalismo e onde até Saúde e Educação sofrem cortes de investimento, as políticas públicas na área da Cultura, antes vistas como bom filão de negócios para as OSs, deixou de ser atraente.
Isso pode ser visto nas manchetes que começam a pipocar na imprensa. A toda poderosa OS Poiesis, que tinha o contrato milionário para gerir oficinas culturais em unidades de dezenas de cidades do Estado, percebeu que a fonte secou e está batendo asas. Mas nem a entidade e nem o Governo de Geraldo Alckimin são claros em explicar exatamente o porquê.
Em Santos, as oficinas que acontecem na Cadeia Velha, prédio histórico recém-inaugurado, que ficou anos reformando para receber os cursos de formação, não terão mais espaço em 2017.
Segundo reportagem do Diário do Litoral, publicada na última sexta (25), o encerramento do contrato teria ocorrido em virtude da queda de repasse do Governo do Estado para o Instituto. A reportagem entrou em contato com a Poiesis que não confirmou, tampouco desmentiu a informação. Disse apenas que não administrará as Oficinas Culturais a partir de 2017 e que o novo modelo de gestão será definido pela Secretaria de Cultura.
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A Oficina Cultural Grande Otelo (GO), de Sorocaba, é outra unidade do estado administrada pela Poiesis e que agora ficou órfã de cursos.
Conforme publicou o Jornal O Cruzeiro, a Oficina será fechada em 1º de janeiro de 2017. A Secretaria Estadual de Cultura e a Poiesis, foram procuradas pela reportagem, mas não responderam aos questionamentos até o fechamento desta edição.
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