Ferraz vem com tudo para espalhar empresas na saúde pública de Santos
Fala do novo secretário de Saúde indica: mais quatro anos de mercantilização do SUS na cidade.
Nem bem esperou a recém-ocupada cadeira de secretário de Saúde esquentar e o ex-secretário de Gestão de Santos, Fábio Ferraz, já escancarou na imprensa a que serve a sua mudança de pasta.
Em entrevista ao Jornal A Tribuna, Ferraz foi claro: vai espalhar pela saúde santista “parcerias” com a iniciativa privada como já fez com a UPA (cujo modelo fracassado se comprova dia a dia por ser mais caro e ineficiente) e com o Hospital dos Estivadores (cuja Organização Social Instituto Social Oswaldo Cruz já tem em caixa mais de R$ 3 milhões e adia sucessivas vezes o funcionamento).
A matéria, publicada nesta quinta-feira (5) no jornal A Tribuna, termina com mais interrogações do que afirmações. Afinal, o secretário não soube explicar quais os tipos de contratações fará e nem para quais unidades e serviços. A única certeza é que haverá mais terceirização e privatização, como foi especulado tão logo o nome de Ferraz foi ventilado como possível titular da Saúde.
Abaixo a matéria de A Tribuna.
Na Educação o propósito de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) é o mesmo ao nomear o advogado e especialista em terceiro setor Carlos Mota, rompendo com uma sequência histórica de décadas em que apenas nomes de professoras ou especialistas em Educação comandam a pasta.
Carlos Mota deverá acelerar a ampliação da terceirização na Educação Infantil e Especial com as chamadas OSCs (organizações da Sociedade Civil).
Ainda em 2017 a população provavelmente seguirá refém das Organizações Sociais (entidades especializadas em drenar os recursos públicos sem oferecer qualidade em troca) na área da Cultura. Projeta-se para os novos Centros Culturais em fase final de construção nos Morros a introdução de OSs para administrar atividades.
E na véspera da posse de seu novo mandado, também em entrevista à mídia local, Barbosa tratou de mais uma vez bater na tecla do entreguismo dos serviços públicos. Serviços estes para os quais ele foi eleito para gerir e, não, para transferir a terceiros.
O Ano Novo promete. O novo mandato tucano promete. Mais quatro anos de muita distribuição de verbas e aprofundamento dos currais eleitorais, que migram dos “chequinhos” investigados pelo Ministério Público para outras formas nefastas de apadrinhamentos políticos.
Se os santistas não se mobilizarem, não vai adiantar reclamar depois.