denuncie Denuncie! denuncie
O.S. em Santos NÃO!
Facebook
Youtube
12/09/2016     nenhum comentário

Faltam medicamentos no AME Santos, gerido pela OS Cruzada Bandeirante São Camilo

Reportagem do Jornal A Tribuna mostra que o desabastecimento da farmácia obriga os usuários a pagar caro pelos remédios

at_ame

Segundo reportagem publicada no último sábado (10), no Jornal A Tribuna, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santos foi alvo de reclamações dos pacientes por conta da falta de medicamentos na farmácia da unidade.

Mencionado como “case de sucesso” pelo atual prefeito de Santos sempre que o mesmo tenta defender as Organizações Sociais (OSs) no serviço público,  o desabastecimento do AME tem prejudicado os pacientes que dependem de remédios de uso contínuo. A situação mostra que nem toda a propaganda  da administração atual consegue sustentar por muito tempo a farsa que o modelo de gestão por publicização consiste. O AME é administrado pela OS Cruzada Bandeirante São Camilo.

Veja alguns trechos da reportagem, que pode ser conferida na íntegra aqui.

“Sem a distribuição gratuita, os cidadãos estão tendo que tirar dinheiro do próprio bolso. É o caso da aposentada Maria Cecília Conceição de Jesus, que, na última terça-feira (6), esperava conseguir o para o neto a Ritalina LA, de 20 mg. Entretanto, não o encontrou por lá. Ela explica que o medicamento, que é um estimulante cerebral indicado pra pacientes com transtorno de deficit de atenção e hiperatividade, é essencial para que o seu neto, Carlos Alexandre de Oliveira Júnior, de 14 anos, estude. ‘Desde julho eu venho aqui e não consigo pegar uma caixa. Ele precisa de três por mês e, por isso, nós temos que gastar R$ 750,00 para comprar'”, descreve o jornal.

E a publicação segue explicando que para tentar resolver a situação, a família da paciente entrou na Justiça para conseguir o acesso ao remédio e ganhou a causa. “Mesmo assim, a resposta que recebe quando chega no AME é a mesma: o pedido já foi feito, mas até agora nada de o remédio chegar. Quem também aperta o orçamento da família para comprar os remédios que estão faltando é a operadora de caixa Elaine Azevedo. No caso dela, são dois medicamentos em falta no AME: a Atorvastatina (20 mg) e o Cipefibrato (100 mg). Ambos para sua mãe, que sofre com problemas de colesterol. ‘Eu perco o meu dia de folga para vir até aqui e não consigo pegar os remédios. Eles não são caros, custam por volta de R$ 100,00, mas além disso a gente já gasta R$ 450,00 com outros remédios que ela precisa e não são oferecidos pelo Governo'”.

Para gerenciar o AME, a OS Cruzada Bandeirante São Camilo recebeu em 2015, por exemplo, R$ 17.464.692,00. Os dados estão publicados na prestação de contas da entidade, que pode ser conferida no site do AME. Não há, no entanto, os valores de repasse referentes ao ano de 2016.

É muito dinheiro público sendo entregue para uma entidade que atua na verdade como uma empresa. Empresa que deveria “modernizar” como gostam de falar os adeptos da terceirização e privatização, o atendimento aos  munícipes.

Esse mesmo modelo de gestão será em breve adotado do Hospital dos Estivadores, se é que ele vai mesmo abrir as portas este ano, após uma reforma que consumiu mais do que o dobro do valor previsto.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *