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08/11/2017     nenhum comentário

Ex-funcionários da Fundação do ABC fazem novo protesto em Mauá

OS diz que prefeitura lhe deve, mas governo não reconhece o montante reivindicado. Enquanto isso, o serviço vai piorando.

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A Fundação do ABC segue demitindo profissionais que atuam no Hospital Nardini, em Mauá, mas diz que as novas demissões não são de conhecimento da diretoria da OS.

A Fundação do ABC segue alegando dificuldades por conta da dívida que a Prefeitura tem para com a entidade, mas o Governo rebate os valores, dizendo que o débito não chega a 50% do reivindicado.

Quem está falando a verdade? Enquanto isso, população sofre com a queda na qualidade do serviço (veja aqui). E trabalhadores terceirizados, que sequer receberam os atrasados depois de serem desligados, são duplamente penalizados.

Nesta terça-feira (7), a Câmara de Mauá foi novamente cenário de mais um capítulo sobre a falta de pagamento dos direitos trabalhistas a ex-funcionários da FUABC. Durante a sessão, um grupo de 20 pessoas esteve presente no Legislativo, para reclamar sobre as novas demissões realizadas no início do mês. Por sua vez, a entidade alegou que exonerações ocorreram sem o seu conhecimento.

Com cartazes que continham acusações de falta de posicionamento por parte dos vereadores, os manifestantes ocuparam parte das galerias do Legislativo e pediam explicações sobre as novas demissões realizadas no dia 1º de novembro e também sobre a falta de pagamento dos direitos trabalhistas daqueles que foram desligados anteriormente.

Segundo os manifestantes, o número de funcionários demitidos chegou a 500. “Eles mandam embora sem justificativas. O diretor do (Hospital) Nardini, o Vanderley (da Silva Paula) não assinou nenhuma demissão e não sabe os motivos dessas demissões. E até o momento não tivemos nenhuma resposta sobre os nossos direitos trabalhistas. Ninguém vai às audiências de conciliação”, explicou a assistente social Lucimaria de Queiroz.

A Fundação do ABC, por meio de sua assessoria de comunicação, afirmou ao Jornal Repórter Diário que atualmente o Complexo de Saúde de Mauá (COSAM) tem 2.092 funcionários ativos. Que de janeiro até outubro foram promovidas 366 demissões e 270 admissões “sem o conhecimento da Fundação do ABC”.

Sobre as exonerações de novembro, a entidade justificou que extraoficialmente tomou ciência de mais 150 demissões, assim chegando a 516 funcionários que perderam o emprego. “Entretanto, a FUABC não foi informada até o momento sobre os motivos das demissões, de quem partiu essa ordem e nem sequer os nomes dos demitidos, que ainda não constam no sistema geral de Recursos Humanos”.

Sobre as verbas rescisórias, a FUABC alegou que espera o repasse da Secretaria de Saúde. Segundo a entidade, a dívida do município chega a R$ 120 milhões. O valor é negado pelos membros da gestão Atila Jacomussi (PSB), que alegam que o dividendo não chega a metade do alegado pela Fundação.

OSs assumindo serviços públicos têm esse poder de causar rombos nos orçamentos. Mais caras do que gestão de forma direta, as entidades sugam tudo o que podem do poder público nos momentos de equilíbrio na arrecadação. Quando vem a crise e a diminuição de receita, a bomba estoura. Os diretores da terceirizada que já vinham engordando suas contas bancárias nos tempos de vacas gordas não sentem os reflexos. Os prejuízos caem no colo apenas dos cofres públicos, dos trabalhadores e, claro, dos usuários.

 

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