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14/12/2016     nenhum comentário

Estivadores atrasa de novo mas empresa já tem mais de R$ 2 milhões em caixa

Atendimento que foi adiado várias vezes começa só com algumas gestantes.

Mais uma vez  o prazo de abertura do Hospital dos Estivadores de Santos foi adiado pela Prefeitura. A inauguração era para ser nesta sexta (16) e passou para o próximo dia 21.

Apesar das inúmeras datas já divulgadas, o contrato com a empresa que assumirá a gestão terceirizada do Hospital dos Estivadores, no valor de R$ 333,3 milhões, já está valendo desde o dia 12 de setembro.

Lembrando que a Organização Social Instituto Social Hospital Alemão Oswaldo Cruz, vencedora da seleção para publicização do HES, cuja validade do processo está sendo discutida na Justiça, já recebeu duas parcelas que totalizam R$ 2.049.627,00 dos cofres municipais.

Um repasse foi feito no dia 7 de outubro, no valor de R$ 1.087.311,00, e o outro foi efetuado dez dias depois, no valor de R$ 962.316,00. Ou seja, a entidade está recebendo sem atender uma pessoa sequer. Os dados constam no Portal da Transparência.

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Lembrando também que o equipamento demorou mais de dois anos para ficar pronto, tendo a conclusão de obra prorrogada diversas vezes e com vários aditamentos nos valores investido na reforma e ampliação do prédio.

A obra ficou 80% mais cara do que a previsão inicial, passando dos R$ 25 milhões para mais de R$ 46 milhões, apenas na parte estrutural.

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E quando começar a funcionar inicialmente apenas gestantes encaminhadas do Hospital Guilherme Álvaro serão atendidas, conforme matéria publicada no Jornal A Tribuna. As mães que são acompanhadas em pré-natais pela rede municipal vão ter que esperar mais para ter acesso ao serviço.

Toda essa engenharia financeira para isso?

Quem vai fiscalizar de perto se números financeiros tão robustos como esses estão sendo aplicados na saúde santista de forma adequada?

Opção 1 – Os vereadores que aprovaram às cegas e a jato a Lei que autoriza OSs e PPPs e todas as áreas?

Opção 2 – O Conselho Municipal de Saúde, que se omitiu quando poderia ter impedido que a terceirização fosse encaminhada ao Legislativo?

Opção 3 – O Ministério Público, que assiste de camarote a balbúrdia que acontece nas contas municipais sem dar um pio?

Opção 4 – O Tribunal de Contas, que demora dois, três ou até quatro anos para decidir de forma definitiva sobre cada processo?

Opção 5 – A própria Prefeitura, que sequer fiscaliza a UPA, unidade terceirizada de porte significativamente menor que um Hospital de perfil regional e que está cheia de problemas?

Santistas, mirem-se no exemplo dos cubatenses (Hospital Municipal foi terceirizado e hoje está de portas praticamente fechadas), dos praia-grandenses (Hospital Irmã Dulce foi terceirizado, hoje é campeão de reclamações e a Fundação do ABC é campeã de irregularidades investigadas) e bertioguenses (Hospital de Bertioga também é terceirizado e passa por intervenção municipal, sendo que a comissão já concluiu que a OS gastou muito mais e fez muito pouco).

Quando acordarem pode ser tarde demais!

 

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