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08/12/2017     nenhum comentário

Escutas mostram como eram feitos desvios em hospital terceirizado

Justiça autorizou quebra de sigilo do processo de investigação do Ministério Público na ‘Operação Ouro Verde’. Empresários da OS Vitale tiveram prisão preventiva decretada.

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Propinas para agentes públicos e esquemas para ganhar seleções em prefeituras.  Saiba, na matéria que acaba de ser publicada pelo G1, qual o papel de cada membro da diretoria da Organização Social Vitale, no esquema de desvio de dinheiro da Saúde da cidade de Campinas (SP) e outras do interior do Estado.

Confira abaixo a íntegra da matéria e, desde já, lembre-se: OSs nos serviços públicos atuam como quadrilhas organizadas para roubar dinheiro público, contando com o respaldo das leis que instituíram esse modelo de gestão.

MP detalha funções de investigados em esquema de desvios na saúde e escutas revelam propina a servidor da Prefeitura

A Justiça autorizou, na noite de quinta-feira (7), a quebra de sigilo do processo de investigação do Ministério Público, que apura um desvio de R$ 4,5 milhões no Hospital Ouro Verde, em Campinas (SP). O documento, com mais de 900 páginas, detalha como o grupo ligado à Organização Social Vitale fraudava licitações e desviava recursos destinados à unidade médica.

A Promotoria também indica, através de escutas telefônicas, o pagamento de propina ao servidor Anésio Corat Júnior, exonerado pela Prefeitura.

O G1 e a EPTV tiveram acesso ao processo de investigação do MP na íntegra e também à denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Escutas teletônicas autorizadas pela Justiça mostram uma conversa entre Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, preso na primeira fase da Operação Ouro Verde no dia 30 de novembro, e Hélio Franqui, ambos diretores da Vitale. Segundo a Promotoria, no diálogo Fernando afirma a Hélio que Corat Júnior ainda não havia recebido a propina, que ele chama de “declaração”.

“Por enquanto não vamos mandar aquela declaração pro Anésio não, deixa que eu me viro com o Anésio. O Anésio deve estar p*** você sabe porque, porque não fez aquele acerto com ele ainda. Aí ele põe as mãozinhas pra fora”, diz o trecho da transcrição presente no processo de investigação do Ministério Público.

A denúncia da Promotoria também detalha quais eram as funções de cada um dos seis empresários investigados na operação, e que tiveram o pedido de prisão preventiva aceito pela Justiça também na quinta-feira (7).

Segundo o MP, Paulo Câmara, Daniel Câmara e Ronaldo Pasquarelli eram os verdadeiros donos da Vitale e chefiavam o esquema de desvios de dinheiro através da presidente da OS, Aparecida de Fátima Bertoncello, e dos diretores Ronaldo Foloni e Fernando Vitor Torres Franco, que atuavam como lobistas junto à prefeituras para conseguir a vitória nas concorrências públicas.

Defesa dos acusados
O advogado de Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, Haroldo Cardella, afirmou que a análise ainda é superficial e que o investigado atuava como responsável técnico da Vitale junto ao Hospital Ouro Verde. Sobre a atividade como lobista, o defensor afirmou que Fernando fazia a apresentação da OS para órgãos públicos.

Procurada pela EPTV, afiliada da TV Globo, a advogada de Pasquarelli, Helena Araújo, não retornou às ligações até esta publicação. Já o defensor de Aparecida Bertoncello, Ricardo Toledo, também disse que não foi comunicado sobre a decisão judicial.

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