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01/07/2015     nenhum comentário

Em hospital terceirizado do Rio funcionários ficam sem salários e pacientes sem refeições

Salários dos trabalhadores estavam atrasados desde janeiro.

O Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, está sofrendo nos últimos meses com diversos problemas. Atrasos constantes nos salários de parte dos profissionais geram reflexos no atendimento e até na alimentação dos doentes.

A unidade estadual é terceirizada e está sendo gerida pela Organização Social Hospital Maternidade Therezinha de Jesus.

O Jornal carioca O Dia publicou no último dia 12 de maio uma matéria que ilustra a situação. Segundo denúncia, os salários dos trabalhadores estavam atrasados desde janeiro. A Secretaria de Saúde do Estado disse que funcionários seriam pagos em poucos dias e negou ter havido falta de refeições. 

Para os gestores públicos, uma das vantagens da terceirização é justamente esse ‘jogo de empurra’ que fazem com os gestores contratados. Ambos jogam no ar informações e dados que mais confundem e despistam as deficiências do modelo de gestão do que esclarecem e solucionam as mazelas na saúde. Enquanto isso, mais dinheiro sai dos cofres públicos e vira fumaça.

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Em Santos, caminha para esse mesmo futuro o Hospital dos Estivadores, que pelas mãos do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) será entregue a uma dessas empresas chamadas de Organização Social.

hospitalrealengo

Veja a matéria na íntegra:

Familiares de pacientes internados no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, estão preocupados com o tratamento oferecido na unidade do estado, na Zona Oeste da cidade. Segundo denúncias recebidas por O DIA , nesta segunda-feira, greve iniciada, na última sexta, por funcionários, que estão com o pagamento atrasado desde janeiro, afeta setores de alimentação, limpeza e a farmácia da unidade. Além disso, funcionários estão faltando o trabalho e, inclusive, hospital estaria sem alguns especialistas.

O atendimento piorou no último fim de semana, segundo uma leitora, que preferiu não se identificar, com medo de represálias. Com o pai, de 76 anos, internado na unidade, ela disse que a ele e a outros pacientes não foi servido café da manhã no sábado e no domingo. Ainda segundo ela, o homem só almoçou no domingo depois que sua irmã levar comida de casa para o idoso, já que o almoço também não foi disponibilizado pela unidade, que é administrada pela Organização Social de Saúde Hospital Maternidade Therezinha de Jesus.

Devido a atrasos no pagamento, profissionais de diversos setores faltam ao trabalho e o quadro de médicos foi reduzido, bem como o de técnicos de enfermagem e de enfermeiros. Segundo a leitora, seu pai só teve acesso à medicação que deveria ser ministrada à 0h de domingo duas horas depois. Ela conta que os poucos funcionários que comparecem ao serviço acabam ficando sobrecarregados e que, inclusive, há apenas um faxineiro fazendo a limpeza de todo o hospital. Ainda de acordo com a leitora, o pai dela, que chegou ao hospital, no início do mês, com problemas de locomoção, aguarda desde então pela avaliação de um ortopedista, já que o especialista está em falta no Hospital Albert Schweitzer. Sobre a estrutura, também houve reclamação. Dos quatro elevadores, somente um funcionou no fim de semana.

Procurada pela reportagem, a direção do Hospital Estadual Albert Schweitzer negou, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que as refeições não tenham sido servidas aos pacientes no sábado e no domingo, no entanto, admitiu que o pagamento dos funcionários está atrasado. Em nota, a secretaria disse que todas as Organizações Sociais que prestam serviços ao estado, entre elas o Hospital Maternidade Therezinha de Jesus, foram pagas na última sexta-feira, 5º dia útil, e que o salário dos funcionários deve estar disponível nos próximos dias.

A secretaria também negou a falta de médicos no Albert Schweitzer, no fim de semana, “tendo a unidade atuado com a equipe médica completa”. Entretanto, assumiu que técnicos de enfermagem e enfermeiros faltaram o serviço. Contudo, “não houve prejuízo nos atendimentos, com funcionários sendo remanejados internamente para melhor suprir a demanda de assistências”, informou por meio de nota.

Sobre os serviços de limpeza, a Secretaria de Estado de Saúde disse que eles “ocorrem dentro da normalidade, não procedendo a informação de que apenas um faxineiro estaria responsável pela limpeza de todo o hospital”. A secretaria confirmou os problemas com os elevadores, mas contestou os números. De acordo com a SES, dos quatro, dois estão funcionando”. Ainda por meio de nota, a secretaria informou que uma equipe de manutenção atua para solucionar o problema”.

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