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27/05/2024     nenhum comentário

EDUCADORES DO PARANÁ APROVAM GREVE CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO

Iniciativa do governador Ratinho Junior (PSD que prevê entregar a administração financeira de 200 escolas à iniciativa privada em 2025 gerou indignação

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Mais de 4 mil educadores do Paraná se reuniram em Assembleia Estadual na tarde do último sábado, 25 de maio, e aprovaram uma greve por tempo indeterminado a partir de 3 de junho. A decisão foi motivada pelos ataques do governador Ratinho Jr. (PSD) ao sistema de ensino público. A Assembleia permanecerá permanente para avaliar as ações do governo e o comando de greve fará avaliações diárias das mobilizações dos educadores.

De acordo com a Associação dos Professores do Paraná, o governo está preparando a privatização de 200 escolas e a terceirização de cargos de funcionários de escola, por meio do projeto Parceiros da Escola, que visa a venda de escolas públicas para empresas. Na última terça-feira, 22 de maio, o governador se reuniu com deputados da base para garantir a tramitação da proposta, que será enviada à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no início desta semana.

A greve também foi decidida após intensos debates devido à falta de diálogo do governo com a categoria sobre o pagamento da Data-Base, com uma dívida de mais de 39% do Estado com os educadores e demais servidores.

A presidenta da APP, Walkiria Olegário Mazeto, enfatizou a importância do engajamento de todos os professores, funcionários, pais, mães e da comunidade paranaense na luta pelo direito a uma escola pública de qualidade.

A APP quer que o projeto seja retirado da pauta, caso contrário, pretende organizar as comunidades para rejeitar a medida. A presidenta da APP destacou que a luta contra o projeto Parceiros da Escola é uma das mais importantes das últimas décadas. A aprovação e implementação deste projeto representam o fim da escola pública. A cada dia, os educadores lutam para manter as escolas abertas e garantir uma educação pública de qualidade.

A APP divulgou um calendário de mobilizações aprovado pelos educadores:

27 de maio: Criação dos Comandos Regionais de Greve, trabalho de base, Plataforma Zero, acompanhamento das sessões na ALEP (Curitiba e RM).
28 de maio: Continuação dos trabalhos iniciados no dia anterior.
29 de maio: Criação dos Comandos Regionais de Greve, trabalho de base, Plataforma Zero.
3 de junho: Início da greve e reunião presencial do Comando Estadual de Greve em Curitiba.
4 de junho: Ato estadual em Curitiba com a realização de audiência pública do FES e manifestação durante a sessão na ALEP.

 

CONTRA TODAS AS FORMAS DE TERCEIRIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO!

Como se vê, terceirizar os serviços é fragilizar as políticas públicas, colocar a população em risco e desperdiçar recursos valiosos com ineficiência, má administração ou até má fé de entidades privadas.

Disfarçadas sob uma expressão que esconde sua verdadeira natureza, as organizações sociais (OSs), organizações da sociedade civil (OSCs) e oscips e não passam de empresas privadas, que substituem a administração pública e a contratação de profissionais pelo Estado. Várias possuem histórico de investigações e processos envolvendo fraudes, desvios e outros tipos de crimes.No setor da saúde, essas “entidades”, quando não são instrumentos para corrupção com dinheiro público, servem como puro mecanismo para a terceirização dos serviços, o que resulta invariavelmente na redução dos salários e de direitos.

Embora seja mais visível na Saúde, isso ocorre em todas as áreas da administração pública, como Educação, Cultura e Assistência Social. O saldo para a sociedade é a má qualidade do atendimento, o desmonte do SUS, das demais políticas públicas e, pior ainda: o risco às vidas.

Todos estes anos de subfinanciamento do SUS e demais serviços essenciais, de desmantelamento dos direitos sociais, de aumento da exploração, acirramento da crise social, econômica e sanitária são reflexos de um modo de produção que visa apenas obter lucros e rentabilidade para os capitais. Mercantiliza, precariza e descarta a vida humana, sobretudo dos trabalhadores. O modelo de gestão por meio das Organizações Sociais e entidades afins é uma importante peça desta lógica nefasta e por isso deve ser combatido.

Não à Terceirização e Privatização dos serviços públicos!

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