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28/07/2017     nenhum comentário

Dívida da FUABC ameaça alimentação em hospital terceirizado pela OS de Mauá

Entidade não paga empresa fornecedora responsável pela alimentação dos pacientes do Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini

 

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Reportagem do Jornal Diário do Grande ABC mostra mais um problema na saúde pública envolvendo a organização social Fundação do ABC.

A OS, que também atua na UPA Central de Santos, deu um calote na empresa Cook Empreendimentos em Alimentação Coletiva Ltda, que fornece alimentação no Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, na cidade de Mauá.

A empresa, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, decidiu interromper a distribuição de café da manhã para funcionários da unidade e alertou para possível desabastecimento nos próximos dias.

A firma relata que está sem receber desde dezembro e que a dívida da FUABC já soma R$ 2,5 milhões. “Não estão nos pagando e alegam que só podem cumprir com as obrigações no ano que vem”, explicou ao jornal Renato Lessa, funcionário do setor comercial da empresa.

De acordo com servidores do Nardini o desjejum dos profissionais está interrompido desde a última quarta-feira (26). Comunicado interno formulado pela Cook Empreendimentos, que circulou nos corredores do hospital, explica os motivos da suspensão e avisa que o almoço dos pacientes continuará sendo servido, mas apenas “enquanto durarem os estoques”.

Lessa não soube precisar esse prazo, mas servidores do Nardini estimam que o armazenamento dos alimentos dure por cerca de uma semana.

As parcelas em atraso se referem aos repasses de dezembro de 2016 a julho deste ano. A empresa mineira alegou que todas as tentativas de acordo com a FUABC foram frustradas.

A Fundação confirmou o débito, mas destacou que a dívida é referente ao exercício passado e responsabilizou o governo do ex-prefeito Donisete Braga (PT) pela situação. No jogo de empurra que OSs e governos costumam fazer, não fica claro de quem é de fato a culpa.

“Os valores devidos, acumulados no exercício de 2016 em função da falta de repasses pela antiga gestão da Prefeitura, estão em fase de negociação e somam cerca de R$ 2,5 milhões”, informou a entidade por meio de nota.

O jornal não procurou o antigo prefeito para checar se a versão que a OS apresenta é verídica.

Por sua vez, a FUABC ignorou os questionamentos do jornal sobre o valor total e a vigência do contrato com a Cook Empreendimentos. Ponderou que “adotou medida alternativa provisória para o desjejum” dos servidores, mas não especificou como o imbróglio está sendo superado.

O Diário do Grande ABC ainda cita que esta não é a única ameaça ao atendimento no Hospital Nardini, que integra o Complexo de Saúde de Mauá, gerido pela FUABC. “O local acumula série de problemas desde o início do ano. Em apenas seis meses, a unidade hospitalar já passou por dois superintendentes. Nos dois casos, dirigentes caíram após divergências com diretores do hospital, em casos que envolviam demissão unilateral de servidores. Atualmente, Vanderley da Silva Paula comanda o hospital”, publicou o periódico.

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