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29/12/2015     nenhum comentário

Descoberto esquema de corrupção na Fundação Theatro Municipal

Ex-diretor está sendo acusado de firmar contratos superfaturados durante sua gestão no teatro, que tem suas atividades gerenciadas pela Organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.

 

theatro

No último dia 17 de dezembro, a  Controladoria-Geral do Município de São Paulo e o Ministério Público Estadual cumpriram mandados de buscas e apreensão  na casa do ex-diretor geral da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, e em outros três locais. Herencia está sendo acusado de firmar contratos superfaturados durante sua gestão no teatro. 

O Theatro tem suas atividades gerenciadas pela Organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.

Segundo a Controladoria as investigações começaram porque as contas de 2015 no Theatro não fechavam. O Grupo Especial de Delitos Econômicos (GEDEC), do Ministério Público do Estado de São Paulo, agiu em conjunto com a Controladoria-Geral do Município e com os apoios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo Capital e da 4ª Delegacia Sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro.

Durante a investigação criminal do GEDEC, foi levantado que Herencia, por meio da Fundação, firmou contratos superfaturados para produção de espetáculos musicais e de teatro. Ele é suspeito de ter recebido “propina” através da conta bancária de sua mãe, de sua namorada bem como de conta bancária administrada por ele. Estima-se um prejuízo à Prefeitura Municipal próximo a R$ 20 milhões.

herencia

Ele pode responder por associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Foi apurado, ainda, que foram constituídas várias empresas utilizadas no plano de lavar os valores de procedência criminosa. Essas empresas movimentaram cerca de R$ 3 milhões no período de seis meses, em 2014.

Foram encontrados documentos novos comprobatórios do esquema de corrupção, contratos administrativos da Prefeitura Municipal e documentos correspondentes ao patrimônio conquistado pelo investigado.

O dinheiro desviado teria sido usado para comprar terrenos no litoral Norte, carros e uma parte acabou depositada nas contas da mãe e namorada. Um apartamento avaliado em R$ 6 milhões está no nome da namorada dele. As duas são consideradas cúmplices no caso.

“Nós já iniciamos auditoria nos anos anteriores e esses valores são desvios recentes. Há possibilidade de esse esquema ser muito maior do que o encontrado”, disse o controlador-geral do Município, Roberto Porto, ao SPTV.

Sete produtores culturais estão sendo investigados.

De acordo com o MPE, a  investigação criminal prossegue, inclusive para apurar a extensão da teia criminosa e os fatos ilícitos cometidos por José Luiz Herencia durante sua gestão como Secretário de Políticas Culturais no Ministério da Cultura, nos anos de 2009 e 2010; e como presidente da Associação Amigos do Museu de Arte Moderna.

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